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Bastidores de Brasília: Ricardo Salles vê enfraquecimento da CPI do MST

Relator da CPI do MST desistiu de prorrogar as atividades da Comissão
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Ricardo Salles
(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Brasília – O relator da CPI que investiga as invasões do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terras (MST), deputado Ricardo Salles (PL-SP), desistiu de pedir a prorrogação no prazo da comissão, prevista para terminar em setembro. Isso porque os partidos do centrão cederam ao apelo do líder do governo na Câmara, Zé Guimarães (PT-CE), e substituíram integrantes de oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por nomes mais “pragmáticos”.

Com os novos nomes indicados pelas bancadas do PP, Republicanos e União Brasil, o perfil de integrantes da comissão, que antes era de oposição, agora, fica mais de centro. O “troca-troca” é uma tentativa de reduzir o desgaste que a CPI vem causando ao governo desde o início das atividades, que já anunciou uma reforma ministerial com a participação de partidos do centrão e do Republicanos, até então oposição à Lula.

“Engolindo sapos”

As mudanças de membros na CPI do MST vem fazendo Ricardo Salles “engolir sapos” e o parlamentar classificou a manobra como uma “clara arregimentação de partidos que estão negociando espaços no governo”.

O líder do governo na Câmara negou relação com a reforma ministerial e disse que o movimento para a troca de cadeiras partiu dele após a CPI “passar do limite”.

Segundo Guimarães, ele e o deputado Alencar (PT-SP), vice-líder de governo, conversaram com Salles, que teria prometido dialogar com o governo. Na avaliação do líder, no entanto, ele “fez tudo ao contrário”.

O outro “sapo” que Salles teve que “engolir” foi o fato do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), cancelar a convocação do ministro da Casa Civil, Rui Costa, para depor à comissão, que estava marcado para a tarde dessa quarta-feira (8).

Ricardo Salles queria prorrogar a CPI por mais 60 dias. Instalada em 23 maio, ela terá 120 dias de duração e tem previsão para acabar em setembro.

Diante dessas manobras regimentais e a clara arregimentação de partidos que estão negociando espaços no governo, claramente não é mais o caso de prorrogar a CPI. Não podemos querer prorrogar algo cujas pernas foram amputadas. Salles (PL-SP), deputado federal, relator da CPI do MST.

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