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Bolsonaro é denunciado por genocídio e crime contra a humanidade no Tribunal de Haia

Presidente é denunciado por entidade ligada aos profissionais de saúde do mundo inteiro
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(Foto: Igo Estrela / Metrópoles)

Uma coalizão de trabalhadores da saúde batizada de Rede Sindical Brasileira UNISaúde, com apoio de organismos internacionais, acusa o presidente da República Jair Bolsonaro de genocídio e crimes contra a humanidade no Tribunal Penal Internacional, cuja sede fica em Haia, na Holanda. A ação foi protocolada neste domingo (26) e acusa o presidente de “falhas graves e mortais” nas respostas do Governo à pandemia do novo coronavírus. Eles entendem que ações negligentes e irresponsáveis provocaram a morte de mais de 80 mil pessoas no Brasil. Em outra ação anterior, Bolsonaro já havia sido denunciado por “risco de genocídio” por causa das políticas consideradas danosas às comunidades indígenas do País.

De acordo com o colunista do UOL, jornalista Jamil Chade, as denúncias têm sido uma constante pedra no sapato da diplomacia brasileira, que, só em 2019, precisou responder a 35 queixas formais apresentadas na sede da Organização das Nações Unidas (ONU). Neste novo processo, os profissionais de saúde acusam o presidente brasileiro de agora de forma dolosa o adotar medidas que colocam em risco a população.

No documento de 64 páginas submetido à procuradora-geral do Tribunal, Fatou Bensouda, as entidades denunciam uma atitude de “menosprezo, descaso, negacionismo” e que “trouxe consequências desastrosas, com consequente crescimento da disseminação, total estrangulamento dos serviços de saúde, que se viu sem as mínimas condições de prestar assistência às populações, advindo disso, mortes sem mais controles”.

“O governo Bolsonaro deveria ser considerado culpado por sua insensível atuação frente à pandemia e por recusar-se a proteger os trabalhadores da saúde do Brasil assim como a população brasileira, à qual ele prometeu defender quando se tornou presidente”, disse ao UOL Marcio Monzane, secretário regional da UNI Americas, entidade sindical sediada da Suíça e que representa cerca de 20 milhões de trabalhadores em 150 países.

Os acusadores defendem que Jair Bolsonaro “colocou e ainda coloca os profissionais de saúde bem como toda a população em risco, ao promover aglomeração de seus apoiadores, aproximando-se deles sem máscara, e fazendo propaganda de medicação, como a hidroxicloroquina, para a qual não há comprovação científica de sua eficácia contra a doença”, alertam.

No total, a iniciativa tem o apoio de mais de 50 entidades brasileiras e estrangeiras. Além dos sindicatos do setor, a queixa é ainda assinada pela Internacional dos Serviços Públicos (ISP), a União Geral dos Trabalhadores (UGT), a Central Única dos Trabalhadores (CUT), e movimentos sociais.

Com informações do portal Uol

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