Foto: Divulgação/Semcom e Carolina Antunes/PR
O presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) chamou o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), de “vagabundo”. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (14) pelo jornalista Matheus Leitão em seu blog para a revista Veja.
Segundo ele, o fato está no vídeo da reunião ministerial que aconteceu no dia 22 de abril. Na ocasião, Bolsonaro criticou gestores que determinaram abertura de covas coletivas para enterrar as vítimas do novo coronavírus (Covid-19).
“Aquele ‘vagabundo’ do prefeito de Manaus, que está abrindo cova coletiva para enterrar gente e aumentar o índice da Covid. Vocês sabem filho de quem ele é, né?”, teria dito Bolsonaro na reunião.
O suposto vídeo tem sido constantemente mencionado pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, como parte do inquérito que investiga possíveis interferências do presidente na Polícia Federal (PF).
Entretanto, o conteúdo ainda não foi divulgado abertamente na grande mídia.
Resposta
Arthur Neto se manifestou sobre a possível declaração de Jair Bolsonaro. Segundo ele, o presidente não poderia fazer referência ao seu pai, o ex-senador Arthur Virgílio Filho.
“Não pode porque ele não se aproxima na coragem, nem na honradez do meu pai. Meu pai não se metia em rachadinha. É um exemplo. Se ele seguisse o exemplo do meu pai o país não estaria como está agora”, comentou.
O prefeito ainda ressaltou que o ídolo de Bolsonaro é o general Ustra, acusado de cometer estupros e torturas durante a Ditadura Militar no Brasil.
“O ídolo dele é o torturador [Carlos Alberto] Brilhante Ustra, de quem eu tenho nojo e asco. Bolsonaro que fique com o Ustra, enquanto eu fico com o meu pai, com Ulysses Guimarães, com tantas pessoas imoladas e que lutaram contra o regime militar. Se Bolsonaro estivesse no Exército e dessem a ele essa oportunidade, ele torturaria. Ele busca memórias que torturam. Ele é um torturador”, falou.
Da Redação com informações da Veja
