Amazonas – A pavimentação da BR-319, que liga o estado a Rondônia (Porto Velho) foi um tema bastante discutido no Amazonas desde a última sexta-feira(11) quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lançou o novo Programa de Aceleração de Crescimento (PAC 3). No entanto, os investimentos destacados para o estado não contemplam a pavimentação do trecho do meio da BR, o que é muito esperado pelos amazonenses que veem na BR-319 a integração do estado com o restante do Brasil.
Segundo o governador do Amazonas, Wilson Lima, a equipe governamental conversou com Defesa Civil do Governo Federal, no entanto, a BR-319 ficou de fora do novo programa. Wilson destacou que colocou a rodovia seria uma prioridade para o estado.
“De acordo com o Governo Federal ela [BR-319] será discutida em outro âmbito, que há algumas questões ambientais que precisam ser levadas em consideração, Mas, aí o que falei ao presidente e para a ministra Miuri Belchior: tem que haver uma decisão do Governo federal: questão ambiental a gente supera e a gente entrega todas as condicionantes ambientais necessárias para que efetivamente a rodovia saia”, disse Wilson Lima.
Lima também disse que está disposto a assumir os pedidos que forem estabelecidos pelo Governo Federal para que a rodovia seja entregue efetivamente, dando garantias de que o que precisar ser feito ele fará junto ao Governo Federal, inclusive o governador mencionou se preciso for, vai recorrer à Justiça.
“O que eles querem? Querem que crie reservas ao longo da BR-319? Que estabeleça governança? Que estabeleça critérios de conservação, de preservação? Querem transformar a BR-319 em estrada-parque, com limite de tonelagem de peso de caminhões que passam por ali? Não tem problema! O estado está disposto e também o povo do Amazonas está disposto a firma este compromisso. Agora, a gente não pode continuar tendo tolido, um direito que é básico do cidadão, que é o de ir e vir”, reafirmou o governador.
Sem progresso
O economista e professor universitário, Orígenes Martins Júnior, comentou sobre essa nova polêmica entorno da BR-319 e disse que não há como discutir progresso de preservação da mesma forma que vem sendo discutido há anos não haverá novo modelo econômico e o estado vai continuar a depender da Zona Franca de Manaus (ZFM), de outros estados e até de outros países.
“A questão da BR-319 é uma questão bastante complexa. Em primeiro lugar, a BR-319 seria o grande elemento estratégico da infraestrutura do nosso estado. De importância fundamental para nossa economia e desde a época em que foi construída e foi construída para isso, quando se fala agora em reasfaltamento dela e se criou todo esse aspecto, essa polêmica, de não asfaltar por conta de problemas ambientais e de prejudicar o meio ambiente. Em primeiro lugar, é totalmente cínico para não dizer outro termo, esse tipo de retórica. Porque afinal de contas, a estrada já foi feita, ela já foi construída, ela já está lá, está aberta. Então, dizer que asfaltar a estrada, reasfaltar, aliás,seria ruim para o meio ambiente é completamente fora de propósito, por conta dessa ideologia absurda dos ‘terroristas ambientais’ que simplesmente não querem ver o progresso do nosso estado”, disse o economista.
“Então, o pessoal, falar que a BR-319 prejudica o meio ambiente é completamente fora de proposta. Ela já está lá. Pelo contrário, o asfaltamento da BR-319, ela viria trazer o bem-estar, viria trazer um padrão de vida melhor, para pelo menos quinze a vinte comunidades que estão a sua margem. Então, nós precisamos é nos libertar dessa narrativa ideológica que é totalmente contra o nosso estado e contra a Amazônia”, destaca.
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