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Brasil Paralelo diz que perseguição pela CPI fez crescer base de assinantes

A decisão da CPI da Covid de quebrar o sigilo bancário e telefônico de meios de comunicação de direita não tem sido de todo negativa para esses veículos
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Brasil Paralelo diz que a polêmica da CPI fez crescer base de assinantes
Brasil Paralelo diz que a polêmica da CPI fez crescer base de assinantes

A decisão da CPI da Covid de quebrar o sigilo bancário e telefônico de meios de comunicação de direita não tem sido de todo negativa para esses veículos. Uma das afetadas, a produtora Brasil Paralelo, diz que sua base de assinantes cresceu desde que o assunto se tornou notícia.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes manteve a quebra de sigilo telefônico e telemático da produtora Brasil Paralelo Educação e Entretenimento S.A. A decisão foi tomada na última segunda-feira (9) e, embora tenha mantido o acesso da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da pandemia aos dados da empresa, o ministro restringiu o período para a partir de março de 2020.

De acordo com a JovemPan News, a decisão de Gilmar Mendes atendeu ao pedido da empresa para que as informações sejam guardadas pelo presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), e compartilhadas apenas com os senadores que integram a comissão em reuniões fechadas.

A empresa fez uma transmissão ao vivo nessa terça-feira (10) em que abriu publicamente suas fontes de renda. A intenção da produtora foi demonstrar que não recebe dinheiro público.

No dia 31 de julho, quando a decisão da quebra de sigilo foi anunciada, a empresa tinha 206 mil assinantes. No dia 11 de agosto, esse número já havia subido para 222 mil – um aumento de 16 mil assinaturas em menos de duas semanas.

Henrique Viana, CEO da empresa, disse que eles ainda não sabem claramente o motivo de terem sido acusados de fake news. “A única coisa que a gente fez foi um documentário [“7 Denúncias: as Consequências do Caso Covid-19”, de junho de 2020], que é mais de ciência política e social, e não aborda nenhuma questão técnica da pandemia. Realmente não sei. Acho que foi por desinformação e por ignorância”, afirma.

Nos últimos dias, a Brasil Paralelo tentou reverter a quebra de sigilo indo ao Senado para dialogar com alguns parlamentares. Os argumentos da produtora foram bem acolhidos por senadores de direita, mas os de esquerda se mostraram, em geral, pouco receptivos, com exceção de Alessandro Vieira (PPS-RS).

“A gente se colocou à disposição, tentou o diálogo. Alguns nos receberam muito bem, e foi legal ter esse diálogo, porque é um modelo de negócio inovador, diferente. A própria internet como um todo é um ecossistema muito novo. Em geral, os senadores são pessoas mais velhas. Se até para jovens é difícil de entender, porque é tudo muito novo, imagine para uma pessoa mais velha. Mas, por alguns, a gente não foi muito bem recebido”, afirma Viana. Mesmo com as tentativas de diálogo, os senadores mantiveram o pedido de quebra de sigilo da Brasil Paralelo.

Na segunda-feira (9), o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), manteve a decisão da CPI, mas suavizou o seu impacto, determinando que ela não valerá para dados anteriores a março de 2020, quando a pandemia começou no Brasil. Além disso, Gilmar destacou que a responsabilidade pela privacidade das informações colhidas pela comissão será do presidente da CPI, o senador Omar Aziz (PSD-AM).

“O interessante é que o Gilmar Mendes nos dá uma lupa para a responsabilização do Omar Aziz, que facilita nossa atuação judicial caso ocorra algum vazamento”, diz o CEO da Brasil Paralelo.

Entrevista completa via Gazeta do Povo

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