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Brasileira grávida, sobrevive a terremoto na Grécia

O terremoto de magnitude 7.0 na escala Richter foi registrado perto da ilha grega de Samos, no Mar Egeu
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Brasileira grávida
Brasileira grávida

Uma brasileira grávida escapou da morte, na manhã desta sexta-feira (30), durante terremoto de magnitude 7.0 na escala Richter registrado perto da ilha grega de Samos, no Mar Egeu.

Grávida de gêmeos, ela estava dentro do próprio apartamento, no quarto andar de um edifício a poucos metros do porto da ilha e disse que o momento parecia cena de um filme.

‘Você imagina que é a cena de um filme, olha a sua casa balançando, o apartamento balançando e as coisas caindo no chão. Dá a impressão de que a casa é de papel”, conta Mary de Santana, brasileira de 44 anos, que há três mora na ilha de Chios, na Grécia.

Para a paulista, que presenciou outros três abalos sísmicos desde que se mudou para o país europeu, o tremor desta sexta não tem comparação com nada sentido antes na vida.

“Meu primeiro pensamento foi de que eu ia morrer. Foi a única coisa que veio na minha cabeça. Que a gente ia morrer embaixo dos escombros do prédio”, lembra. Mary estava com uma amiga venezuelana e com uma cachorrinha de estimação no momento do ocorrido.

Impotentes diante do tremor, as três se abrigaram embaixo de uma das pilastras do apartamento e esperaram por mais de sete minutos até sentirem que era seguro sair da casa. As desesperadoras imagens dos longos minutos em que os tremores não passavam ainda assustam a brasileira, que em estado de alerta teme um possível novo tremor previsto pelas autoridades do país para esta noite.

“Começamos a orar, ajoelhadas. Olhávamos a porta de vidro do prédio vizinho e víamos as janelas como se estivessem quebrando. Era como se fosse o fim dos tempos, o fim do mundo. Eu nunca vi nada igual”, lembra.

Apesar dos tremores em Chios não terem sido tão fortes como na ilha vizinha, de Samos, que teve até mesmo um “mini tsunami” após subida repentina do nível do mar, a brasileira registrou a destruição de objetos do apartamento dela e rachaduras em casas nas ruas.

Ela recebeu, ainda, imagens de fissuras no chão do porto a poucos metros de casa e de supermercados com itens derrubados das prateleiras. Apesar do cenário desolador, os gregos pareciam mais acostumados do que as estrangeiras com o ocorrido. “As pessoas que são daqui mesmo parecem menos preocupadas. A reação é muito diferente da nossa, que não somos daqui”, explica.

Após o tremor, Mary seguiu até a casa da sogra para ficar em um espaço mais seguro no caso de novos abalos. Para ela, o impacto do tremor no quarto andar de um prédio, o medo de um desabamento e a impossibilidade de sair para a rua estando tão longe do chão foram impactantes para tomar uma decisão: “Minha primeira vontade foi da gente não morar mais em apartamento. [Se mudar] é a primeira coisa que eu quero fazer”.

Com a família e os amigos gregos em segurança, apesar do impacto psicológico causado pelo terremoto, Mary se prepara para tentar passar uma noite normal.

Após falar com o marido, que está em alto mar a trabalho, e com amigos brasileiros que a procuraram ao ver as notícias na televisão, ela limpou os estilhaços do apartamento, preparou mantimentos para emergências e está em estado de alerta para qualquer novo tremor junto à amiga.

“Vamos dormir no apartamento, mas estamos preparadas para correr. A porta já está destrancada, e deixamos uma bolsa preparada”, explica.

Veja vídeo:

Com informações Jovem Pan

Leia mais: Veja momento em que forte terremoto atinge costa de ilha na Grécia

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