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Burger King gera polêmica após usar crianças em campanha pró-LGBTQIA+ e deixa investidores inseguros

E você investiria para ajudar o Burger King? Acha que a empresa vai se endividar ou vai lucrar ?
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Burger King gera polêmica após usar crianças em campanha pró-LGBTQIA+ e deixa investidores inseguros
Burger King gera polêmica após usar crianças em campanha pró-LGBTQIA+ e deixa investidores inseguros

A franquia brasileira da fast food Burger King (BKBR3) se envolveu em polêmica após promover uma campanha LGBTQIA+ utilizando crianças. A propaganda tem sido alvo de críticas desde a última quarta-feira (23), quando foi lançada na web, ficando nos assuntos mais comentados no Twitter durante a semana.

No entanto, a estratégia da empresa em disparar uma campanha polêmica em um cenário recente de crise pós Covid-19, envolveu um risco que não atraiu investidores que acompanham as ações da BKBR3 a investirem na filial brasileira da hamburgueria, o que pode alavancar a crise financeira da empresa.

Entenda:

Confira propaganda:

Visando o Dia Internacional do Orgulho Gay, comemorado 28 de junho, o restaurante produziu e publicou um vídeo onde crianças e pré-adolescentes falam sobre homossexualidade. Segundo a empresa “O desenvolvimento da campanha ‘Como Explicar’, voltada e pensada especificamente para o público adulto, contou com a curadoria de especialistas em psicologia para garantir o uso de uma linguagem adequada, bem como uma consultoria de diversidade e das ONGS Mães pela Diversidade e APOLGBT. O Burger King reforça seu compromisso de contribuir na construção de uma sociedade cada vez mais plural e com o respeito como princípio básico”.

A campanha, no entanto, acabou escandalizando parte dos consumidores de perfil conservador que criticaram a presença das crianças na propaganda e promoveram boicote à marca.

Confira alguns vídeos de campanha ao boicote:

Isso gerou a questão: Será que a filial brasileira da Burger King se prejudicará com a campanha, ou sairá com lucros, como fez a Natura em 2020 ?

Até o momento, o gatilho inverso, que supriria a queda das ações da Burger King através da parcela progressista de consumidores da marca que estariam comprando ações e apoiando a campanha LGBTQIA+, ainda não despontou no mercado. A Burger King ainda não deu sinais de que está superar o boicote dos conservadores e parte da razão é o cenário no qual se encontra o caixa da filial brasileira: uma grande dívida feita durante pandemia.

Quem lacra não Lucra?

A franquia nacional já havia promovido, no ano passado, campanha de mesmo teor intitulada “Quem lacra não Lucra”. Mudando a jargão para apoiar a filantropia à causa LGBTQIA+ através de doações dos lucros.

Confira:

A diferença consiste em que propaganda de 2020 não havia tido a mesma repercussão do que a atual, envolvendo crianças. Mas era voltada a doações do lucro do dia para OGN’s LGBT. Vale lembrar também que em 2020, muitas empresas passaram a abordar o tema LGBTQIA+ em campanhas, após a empresa Natura ter conseguido ampliar seus lucros em meio a uma polêmica semelhante envolvendo a participação do transexual Thammy Miranda para protagonizar a campanha de Dia dos Pais. (https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2020/08/acoes-da-natura-disparam-enquanto-comercial-com-tammy-causa-polemica.shtml)

Analistas financeiros na época falaram que a empresa Natura basicamente inaugurou a fórmula “afronta + polêmica = entretenimento e lucros”. No entanto, esse postulado pode não valer para a Burger King, tanto por conta do público consumidor muito diverso, quanto de um contexto de tendência aos investimentos, uma vez que o cenário atual é de insegurança financeira no caixa da empresa, que contraiu uma grande dívida no último ano.

Fabrizio Gueratto, financista do Canal 1Bilhão Educação Financeira, comenta:
“Quando a gente investe em uma empresa, precisamos entender todo o contexto e como suas ações podem atingir sua posição dentro da Bolsa de Valores”.

Histórico da Dívida

O prejuízo líquido do Burger King (BKBR3) aumentou para R$ 162 milhões no primeiro trimestre de 2021, ante os R$ 55,6 milhões do mesmo período do ano passado. A receita líquida caiu 13%, indo a R$ 562 milhões.
Ao longo do período ainda, a companhia realizou a abertura líquida de seis lojas, sendo sete aberturas (três BK’s próprios, 3 BK’s franqueados e 1 Popeyes) e o fechamento de uma franquia.

A empresa encerrou o primeiro trimestre com total de 866 restaurantes da marca Burger King e 45 restaurantes Popeyes, admitindo ainda que a estratégia é tentar amenizar o prejuízo através também de uma estrutura que ampare as demandas da expansão no digital. As vendas nesse canal subiram 121%, totalizando R$ 161,9 milhões, o que representou 29% da receita.

Em outro canal, do investidor Eduardo Cavalcanti, ele faz o levantamento da BKBR3 no dia 24 de junho, logo após a polêmica ter ficado em alta no Twitter, e admite não ter se animado para investir na empresa.

Vídeo:

O futuro longínquo da Burger King ainda é incerto, mas nesse momento a empresa parece ter dado um “tiro no pé”. Segundo o site InfoMoney, a atual dívida bruta da empresa é de mais R$ 826 milhões e a última variação diária em caixa foi de -1,38%, não mostrando ainda sinais de recuperação passando quase uma semana da polêmica da campanha.

E você, o que acha sobre a polêmica campanha da Burger King ? Investiria para ajudar a empresa ?

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