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Caso Djidja: ‘Operação Mandrágora’ é encerrada com 11 indiciados

Confira toda linha do tempo do caso que segue chocando a população amazonense
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(Foto: Reprodução / Instagram)

Manaus (AM) – A Polícia Civil do Amazonas (PCAM), por meio do 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP), concluiu o Inquérito Policial (IP) relacionado à “Operação Mandrágora”, que apurou a existência de uma seita religiosa responsável por fornecer e distribuir a substância ketamina, além de incentivar e promover o uso de droga, durante as investigações do caso Djidja.

De acordo com o delegado Cícero Túlio, do 1º DIP, em uma coletiva de imprensa realizada na tarde desta quinta-feira (20), apurou-se a existência de uma seita religiosa fundada pela família Cardoso, com o fim de induzir funcionários de uma rede de salões de beleza ao uso das substâncias de uso veterinário Ketamina e Potenay. Os envolvidos foram presos por tortura com resultado morte, tráfico de drogas e outros 12 crimes.

Durante as investigações, foi possível identificar que Cleusimar Cardoso, Ademar Cardoso e Djidja Cardoso, com o auxilio do namorado de Djidja, Bruno Rodrigues, e dos funcionários Claudiele Santos da Silva, de 33 anos, Verônica da Costa Seixas, de 30 anos, e Marlisson Vasconcelos Dantas, operavam o esquema criminoso promovendo a realização de cultos religiosos com a utilização das drogas.

Conforme a autoridade policial, o grupo criminoso pretendia montar uma clinica veterinária para facilitar o acesso e compra dos medicamentos de uso controlado, bem como fundar uma comunidade para manter os trabalhos doutrinários da seita. A família também era ajudada por Hatus Silveira, apontado como elo dos autores com os fornecedores das drogas, principalmente osé Máximo, Sávio e Roberleno, administradores dos empreendimentos comerciais que forneciam os medicamentos.

Confira a coletiva de imprensa na íntegra

Túlio revelou que a família chegou até mesmo a testar várias formas da droga, desde o pó (conhecido como “Special K”) até a solução para injeção intravenosa, que resultava em alucinações, para decidir qual delas traria mais lucro às atividades criminososas que praticavam.

Em determinado momento, Djidja Cardoso passou a ser vítima de tortura praticada por sua própria mãe, Cleusimar. Ela morreu no dia 28 de maio deste ano, por depressão cardiorrespiratória em razão das torturas sucessivamente praticadas, inclusive registradas por vídeos feitos pela própria agressora.

Ainda entre os indiciados está um homem identificado como Emicley, que teria auxiliado na dissimulação de provas durante as buscas realizadas em uma das clínicas veterinárias onde trabalhava na primeira na primeira fase da Operação Mandrágora.

A polícia reperesentou nesta semana pela conversão da prisão temporária em preventiva de Bruno Rodrigues, ex-namorado de Djidja, com base nas provas coletadas em seu aparelho celular que indicam a participação do indiciado também na gestão da seita criminosa.

Já ao final da coletiva, o delegado informou que a família cardoso também almejava a crianção de uma espécie de comunidade para usuários da droga, a partir da compra de um terreno na zona Norte de Manaus, onde seria criada uma vila em que os residentes fariam uso indiscriminado da Ketamina. A ação também incluía a fomentação da seita, a qual os líderes planejavam expandir cada vez mais.

Os autores foram indiciados pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico, perigo para a vida ou saúde de outrem, falsificação, adulteração ou corrupção de produtos destinados a fins terapêuticos ou medicinas, aborto provocado sem consentimento da vítima, estupro de vulnerável, charlatanismo, curandeirismo, sequestro e cárcere privado, constrangimento ilegal, favorecimento pessoal, favorecimento real, exercício ilegal da medicina e tortura com resultado morte.

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