Brasil – Após o julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que tornou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível, os nomes do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e da ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, hoje presidente da ala das mulheres do Partido Liberal, começaram a circular nos bastidores dos aliados políticos de Bolsonaro que compõem o núcleo de evangélicos no Brasil como uma possível chapa a concorrer as eleições de 2026, conforme apontou reportagem do jornal Folha de São Paulo.
Entre os nomes dos apoiadores evangélicos que concordam que pode haver uma chapa entre Michelle e Tarcísio, estão os dos líderes religiosos Silas Malafaia e do apóstolo Cesar Augusto, bem como o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), que já foi líder da bancada evangélica na Câmara dos Deputados.
Para o apóstolo César Augusto, Bolsonaro continua mobilizando as pessoas, independente da impossibilidade de concorrer as eleições até 2030.
“Sua capacidade de mobilização ainda não sofreu nenhum baque”, aposta o apóstolo César Augusto, à frente da Igreja Fonte da Vida e frequentador de comitivas pastorais no Planalto bolsonarista. “Ele vai ser o grande divisor de águas. Quem ele apoiar, boa parcela do povo evangélico vai seguir”, complementou afirmando que o nome de Michelle tem forte aceitação no meio evangélico.
“Michelle, por ser evangélica e se posicionar, tem simpatia no segmento, e isso é incontestável. Até dá para ladear com alguém de fora dessa fé, como o católico Tarcísio”, disse ele sem saber afirmar se o governador de São Paulo vai ter “disposição de abraçar os princípios evangélicos como Bolsonaro fez”.
Fato este, mencionado pelo cientista político e advogado, Helso Ribeiro, durante conversa no programa Resenha Política, do Portal Tucumã, que foi ao ar na última sexta-feira (30). Ribeiro comentou sobre essa possível chapa e disse que Tarcísio de Freitas há tempos vem tentando se afastar da “onda bolsonarista”.
“Acho que ele tem um nome representativo e O estado de São Paulo tem o maior colégio eleitoral e ele tem tentado, eu vejo isso, de certa forma se distanciar do bolsonarismo, tentando mostrar que faz parte de uma direita que respeita as instituições. Eu acho que cada vez mais pessoas vão pular desse barco”, disse o especialista na ocasião.
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