Condenado a 63 anos: relembre o crime que chocou Manaus

As vítimas foram encontradas amarradas, amordaçadas e com marcas de tiros pelo corpo.
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(Foto: TJAM)

Manaus (AM) – Em novembro de 2018, três jovens foram brutalmente assassinados em uma área de mata do conjunto Tiradentes, no bairro Coroado, zona leste de Manaus. As vítimas eram um homem de 23 anos, outro de 18 anos e uma mulher de 19 anos. Todos foram encontrados amarrados, amordaçados e com marcas de tiros pelo corpo.

De acordo com a perícia, um dos rapazes foi atingido por um tiro na nuca e outro no rosto. O segundo homem recebeu entre quatro e seis disparos, enquanto a mulher foi morta com seis tiros. No local do crime, a polícia encontrou seis cápsulas de calibre 380 e duas de ponto 40.

Nesta quinta-feira (3), Elielton Viana Barros foi condenado a 63 anos de prisão pelo Tribunal do Júri por participação no crime. Segundo as investigações, ele integrava o Comando Vermelho (CV) e atuou como executor no chamado “tribunal do crime”, que decidiu pela morte dos jovens.

Para o promotor de Justiça Ney Costa Alcântara de Oliveira Filho, responsável pela acusação, a condenação representa uma vitória contra o crime organizado. “A sentença demonstra que os chamados ‘tribunais do crime’ não passam de uma farsa criminosa. O Ministério Público seguirá implacável no combate às organizações criminosas que aterrorizam nossas comunidades”, afirmou.

Massacre no Compaj

João Pedro de Oliveira Rosa, conhecido como “Paulista”, foi condenado a 168 anos de prisão por sua participação no massacre ocorrido em 8 de janeiro de 2017, na antiga Cadeia Pública Raimundo Vidal Pessoa, em Manaus. O julgamento foi realizado nesta quinta-feira (3), no Fórum Ministro Henoch Reis. Na época, ele assassinou quatro detentos e tentou matar outros seis durante a rebelião, que ocorreu como desdobramento da chacina no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), onde mais de 50 presos foram executados.

Entre os crimes cometidos por João Pedro, chamou atenção o ato extremo de arrancar e comer o coração de duas vítimas, gesto que teria relação com rituais de vingança no contexto do conflito entre facções. A série de mortes marcou um dos episódios mais violentos do sistema prisional do Amazonas, revelando a brutalidade dos confrontos entre grupos criminosos dentro das unidades carcerárias do estado.

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