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Congolês é espancado até a morte após cobrar salário

Crime repercutiu após protestos de familiares
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Atendente de um quiosque na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, o congolês Moïse Mugenyi Kabagambe, de 25 anos, foi espancado até a morte na última terça-feira (25) depois de cobrar seu chefe pelo valor equivalente a dois dias de trabalho no estabelecimento, onde fazia diárias.

Ao jornal O Globo, o primo da vítima, Yannick Iluanga Kamanda, disse ter visto, na Delegacia de Homicídios da Capital, uma gravação que registrou o momento do crime. Kamanda relatou que o vídeo mostra que a cobrança da dívida gerou uma discussão entre Kabagambe e o responsável pelo quiosque, que teria saído do local e voltado com mais quatro pessoas. Juntos, os cinco teriam agredido o congolês até a morte por 15 minutos.

O caso repercutiu nos dias seguintes. No sábado (29), a família da vítima protestou em frente ao local do crime, pedindo atenção e respostas sobre o caso. Os familiares também disseram que os órgãos de Kabagambe foram retirados no IML (Instituto Médico-Legal) sem autorização. No domingo (30), Kabagambe foi enterrado no Cemitério de Irajá, na zona norte da capital fluminense, em um ritual africano. Na ocasião, houve outro protesto.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro está conduzindo uma investigação sobre o caso. Até o momento, ouviu oito testemunhas e analisa as imagens das câmeras de segurança do local onde Kabagambe trabalhava para identificar os suspeitos. Os policiais negam que os órgãos da vítima tenham sido retirados, como diz a família.

Em resposta ao acontecimento, a comunidade congolesa no Brasil divulgou uma carta na qual disse que o assassinato de Kabagambe “não somente manifesta o racismo estrutural da sociedade brasileira, mas claramente demonstra a xenofobia dentro das suas formas contra os estrangeiros”.

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