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Copa América: convidados são barrados da final após apresentar teste falso

A Conmebol informa que foi detectada uma quantidade considerável de testes PCR fraudulentos, de pessoas credenciadas tanto na tribuna argentina quanto na brasileira
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Foto: Conmebol/Divulgação

O plano de última hora da Conmebol de acomodar até 10% de público na final da Copa América entre Brasil e Argentina, neste sábado, 10, no Maracanã, vem enfrentando percalços. A entidade que rege o futebol sul-americano confirmou nesta tarde que “uma quantidade considerável” dos cerca de 5.000 convidados tiveram suas credenciais barradas após terem apresentado testes fraudulentos. O exame negativo para a Covid-19 era pré-requisito para garantir o ingresso VIP.

“A Conmebol informa que foi detectada uma quantidade considerável de testes PCR fraudulentos, de pessoas credenciadas tanto na tribuna argentina quanto na brasileira. Essas pessoas não vão poder entrar no estádio. A Conmebol garante que os controles para entrada na final da  Copa América serão extremamente rigorosos, assim como a aplicação de protocolos de saúde e medidas de prevenção”, informou a entidade. 

“Todos os participantes devem apresentar o teste laboratorial com resultado negativo para acesso. Nenhuma exceção será feita. Recomenda-se levar sempre o resultado impresso em papel para melhor verificação e evitar contratempos”, completa. A retirada dos ingressos causou aglomeração nos arredores do estádio carioca.

Este será o único jogo da competição com a presença de torcida, ou melhor, de convidados da Conmebol, contrariando a informação que própria entidade forneceu há um mês, de que o campeonato em plena pandemia no Brasil seria realizado inteiramente de portas fechadas. Cada federação recebeu metade de remessa de entradas. A decisão contrariou os planos da CBF e do próprio governo federal que se mostraram surpresos com a notícia, divulgada a poucas horas da final. A prefeitura, do Rio, no entanto, aceitou a proposta da Conmebol, que já negociava com a federação argentina a logística para trazer seus convidados ao Brasil em voo fretado.

A presença de público foi limitada a 10% da capacidade do estádio (cerca de 6.000 pessoas, portanto) e todos deverão ficar sentados e manter um espaçamento mínimo de dois metros entre cada pessoa ou família, segundo decreto publicado no Diário Oficial, na sexta-feira, 9. A Conmebol, que já havia conseguido incluir “torcida VIP” na final da última Libertadores, no mesmo estádio, entre Palmeiras e Santos, se comprometeu a realizar testes de Covid-19 em todos que entrarem no estádio, no prazo de 48 horas antes do jogo.

Em entrevista coletiva, o prefeito Eduardo Paes confirmou a medida “em caráter excepcional” e disse que a organização será diferente do que ocorreu na Libertadores, quando os torcedores ficaram aglomerados. “A gente teve a final da Copa Libertadores, liberamos para que tivesse 5.000 convidados. Eles concentraram todos em um só setor do Maracanã, o que foi um problema, por isso a Prefeitura multou. A mudança é essa: 10% de cada setor do estádio, com um espaçamento grande entre as pessoas. Pelo que entendo, são todos convidados da Conmebol e serão testados”, afirmou Paes.

O prefeito ainda negou ter recebido pressão externa. “Não conheço ninguém da Conmebol e nem da CBF. Soube pela imprensa da solicitação, a secretaria de saúde tomou a decisão com toda a liberdade. Não houve qualquer tipo de pressão. As regras são bastante aceitáveis. A gente não vê problema.” Ele ainda confirmou que o desejo da Conmebol era realizar a final com 50% da capacidade. “Isso a gente não acha adequado. Liberamos 10% de cada setor do estádio, para evitar aglomeração”. Brasil e Argentina se enfrentam a partir das 21h (de Brasília).

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