O governo da China aprovou a primeira vacina contra a covid-19 de uso geral do país, e a escolha elevou a preocupação no Brasil que encabeça a Coronavac. A China optou pelo imunizante produzido pelo laboratório estatal Sinopharm, que revelou ter 79,34% de eficácia nos estudos clínicos.
Aliada à demora na divulgação dos resultados, a opção pelo Sinopharm em vez do também chinês Sinovac, gerou a expectativa de que a eficácia da Coronavac seja ainda menor, para desespero do governador de São Paulo, João Dória.
O governo de SP e o Butantan, que desenvolveu a Coronavac com o Sinovac, adiaram por duas vezes a divulgação da eficácia da vacina.
Há uma semana, o secretário de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, soltou a primeira bomba. “Sabíamos que jamais atingiria 90%”, disse.
O imunizante do Sinopharm já era usado de forma emergencial na China e se tornou a aposta do governo local para evitar nova onda de contágio.
O Sinovac admitiu ter subornado autoridades para conseguir registros de vacinas na China. Aparentemente, dessa vez o assunto é mais sério.
Coronavac desprezada – Sinopharm em alta
A China aprovou a vacina contra covid-19 desenvolvida pela farmacêutica estatal chinesa Sinopharm para uso do público em geral. Ela é a 1ª que será distribuída sem limitações no país. O imunizante já tinha autorização de uso limitado.
Segundo a estatal, a vacina recebeu o aval na 4ª feira (30.dez.2020). A informação foi divulgada em entrevista concedida na manhã desta 5ª feira (31.dez). Eis a íntegra, em chinês, (844 KB) da nota da farmacêutica.
O imunizante já havia recebido a aprovação definitiva pelos Emirados Árabes Unidos e pelo Bahrein.
A farmacêutica chinesa havia anunciado na 4ª feira (30.dez.2020) que a vacina tinha taxa de eficácia de 79,34% contra a doença. O imunizante exige a aplicação de duas doses.
A farmacêutica desenvolve duas vacinas contra a covid-19, ambas usando a técnica de vírus inativado. A que foi aprovada foi desenvolvida com o Instituto de Produtos Biológicos de Pequim. O outro imunizante da farmacêutica tem parceria com o Instituto de Produtos Biológicos de Wuhan.
As duas vacinas da Sinopharm já eram usadas na China em casos especiais desde agosto. Médicos, militares e diplomatas empregados no exterior foram vacinados.
Com informações via Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
Foto: Divulgação
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