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CoronaVac é eficaz contra variante Gama, diz estudo feito em Manaus

A pesquisa usou dados de vacinação feita em profissionais de saúde
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Foto: Walterson Rosa/MS

O Estudo inédito publicado nesta semana, na revista The Lancet Regional Health Americas, confirmou a eficácia da vacina CoronaVac contra a variante Gama (também conhecida como P.1) do novo coronavírus. A pesquisa analisou dados de vacinação de profissionais da saúde de Manaus, onde o imunizante foi usado em 97% desse público.

Segundo o infectologista da Fiocruz do Mato Grosso do Sul, pesquisador Júlio Croda, que coordenou os trabalhos, este é o primeiro estudo publicado em uma revista científica sobre a efetividade do imunizante contra a variante Gama, identificada pela primeira vez em Manaus no final do ano passado e determinante para a intensidade da segunda onda de Covid-19.

De acordo com a publicação, a CoronaVac foi 50% eficaz, a partir da primeira dose, para prevenir casos sintomáticos de Covid-19 em locais onde há prevalência da variante Gama. “Os dados deste estudo confirmaram os dados do ensaio clínico inicial da vacina, de 50%, feito antes de surgirem as novas variantes. Mas é importante destacar que o imunizante previne formas graves da doença, não os casos leves e assintomáticos”, disse.

Júlio Croda disse que a proteção ocorre a partir do 14º dia de aplicação das doses, e que por esse motivo, é fundamental manter todos os cuidados não farmacológicos até lá, como o uso de máscaras e o distanciamento social. “Nos primeiros 13 dias, você tem um aumento das chances de ser infectado, não porque a vacina é ineficaz, mas porque ainda não há proteção suficiente e as pessoas acabam se expondo mais”, alertou.

O estudo mostra também que a vacinação, por si só, não vai controlar a transmissão da Covid-19, mas vai prevenir os casos mais severos. É por este motivo, segundo o pesquisador, que países europeus e os Estados Unidos estão revendo o uso de máscaras, inclusive por quem já foi vacinado.

Nesta terça-feira (27), o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) recuou e recomendou o uso do acessório. O motivo é a preocupação com a variante Delta, identificada pela primeira vez na Índia.

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