AMAZONAS (AM) – As crianças Glauco e Gleison, irmãos e indígenas da etnia Mura, que ficaram perdidos durante 26 dias dentro da Floresta Amazônica na região de Manicoré, já estão a caminho de Manaus depois da determinação do Ministério Público do Amazonas.
Em nota a Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) informou que aeronave bimotor com os meninos, de 6 e 8 anos, decolou por volta das 8h44 de hoje. A chegada deles em Manaus está prevista para ocorrer por volta das 11h30.
A transferência ocorre após oficio expedido pelo MP, na qual exigia que os dois fossem examinados por um especialista e conforme os promotores, Manicoré não possui estrutura médica para cuidar de pacientes em estado grave, como UTI e nem pediatras, sendo necessário atendimento na capital.
O momento que os meninos chegam no aeroporto do município foi registrado em vídeo. VEJA:
Em nota, a SES-AM deu mais detalhes sobre a transferência e a estrutura montada para realiza-la. Confira:
A Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) informa que decolou na manhã desta quinta-feira (17/03) uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) aérea que irá resgatar os irmãos que foram encontrados após 27 dias perdidos na floresta, em Manicoré.
A equipe de saúde, composta por um médico, um enfermeiro, além do piloto e copiloto, decolou às 8h44 desta manhã em uma aeronave bimotor, modelo Embraer EMB-110 “Bandeirante”.
A previsão é que a operação dure em torno de 2h30, sendo 1h de voo e cerca de 30 a 60 minutos em solo. O pouso está previsto para às 11h30 no hangar da Manaus Aerotáxi.
Os pacientes precisam estar estabilizados para embarcarem e a transferência seja realizada.
RELEMBRE
Os dois meninos se perderam no dia 18 de fevereiro na região de mata da Comunidade Indígena Palmeira, em Manicoré (a 390 quilômetros de Manaus), quando saíram para caçar pássaros nas redondezas e não retornaram.
Após 26 dias perdidos dentro da Floresta Amazônica, os irmãos foram encontrados, na região da Comunidade de Capanã, a 6 quilômetros da comunidade onde moravam, por um homem identificado como Manoel Vilken, conhecido também como Anibal, que estava cortando madeira na mata quando avistou os meninos.
Anibal, que foi até a comunidade da família dos irmão, relatou que a primeira pergunta do pai, muito emocionado, foi se os filhos estavam vivos.
As buscas pelos meninos haviam sido encerradas pelas autoridades competentes, mas familiares e moradores da localidade, incluindo Anibal, continuaram a procura pelos desaparecidos.
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