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De São Paulo para o Amazonas: Deborah Erê consolida técnica do grafite na Amazônia

Artista, professora e defensora da cultura hip hop. Conheça Deborah Erê, renome do grafite em Manaus.
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deborah erê grafite manaus
deborah erê grafite manaus

Foto: Rodrigo Duarte

A arte é transcendental, ela ultrapassa fronteiras e abriga pessoas de várias partes do mundo em uma única tribo, sem se importar com religião, cor, sexo ou classe social.

O grafite é uma das técnicas artísticas mais praticadas na sociedade atual, principalmente nas grandes metrópoles. Foi por meio dessa técnica que a paulista Deborah Erê, radicalizada em solo manauara, se consolidou nos quatro cantos da cidade. A equipe de reportagem do Portal Tucumã teve um bate-papo muito alto astral com a artista.

Deborah Erê se entrega de corpo e alma na técnica do grafite há oito anos, mas ela mudou seu rumo, trocou São Paulo por Manaus e hoje reside há seis anos em meio a selva de concreto.

Em sua residência foi possível notar diversos desenhos, grande parte possuem as características de uma sereia, famosa criatura na mitologia grega e na mitologia amazônica. Deborah contou que o traço das sereias foram baseadas em mulheres que ela tem admiração, entre elas, sua avó.

“A inspiração vem muito das mulheres que eu conheço e que eu gosto. Comecei querendo representar minha avó e minha mãe, logo passei a desenhar sereias com aparência mais velha e com rugas”, disse Deborah.

Máscara e tinta spray são materiais indispensáveis na prática do grafite. Foto: Emi Maduro

O sucesso dos desenhos foi tão grande que a artista resolveu montar uma exposição, intitulada ‘Casa da Sereia’, localizada na rua Almir Pedreiras, bairro Petrópolis, Zona Sul da capital.

Além do trabalho como grafiteira, Débora também trabalha como professora em duas escolas da rede estadual de educação, atua como tatuadora em seu próprio estúdio e é ligada em grupos relacionados a cultura do hip hop.

Superando preconceitos

O grafite também é dominado por grande parte dos homens, Deborah contou que seu início da prática foi difícil, mas afirma que não ligou para o preconceito e seguiu sua carreira artística.

“No começo foi muito difícil porque eu era minoria e eu não conhecia outras mulheres na área, com o passar dos anos vim conhecendo mulheres que são do grafite e do hip hop, isso tem me fortalecido bastante”, contou.

Foto: Reprodução/Facebook

Grafite

A arte do grafite surgiu na década de 1970 em Nova York, nos Estados Unidos da América. Isso aconteceu porque muitos jovens começaram a deixar suas marcas nas paredes, com o tempo as técnicas foram evoluindo e alguns desenhos foram inseridos nesse estilo de técnica.

O grafite está diretamente ligado com a cultura do hip hop, eles têm a chance de expressar toda opressão que a humanidade vive, principalmente a respeito dos menos favorecidos.

Foto: Reprodução/Facebook

No Brasil, a técnica do grafite chegou no final da década de 1970, em São Paulo. A prática ganhou aquele toque artístico do brasileiro, sendo reconhecido um dos melhores do mundo.

Por João Paulo Castro com informações de Carol Dias

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