Manaus – A decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que torna o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, ainda está causando várias discussões. O ministro anulou as condenações de Lula na Operação Lava Jato.
Com isso, os processos serão analisados pela Justiça Federal do Distrito Federal, à qual caberá dizer se os atos realizados nos três processos podem ou não ser validados e reaproveitados.
Assim como representantes da esquerda, os políticos consideraram de direita também falaram sobre o assunto. Entretanto, a sensação foi de revolta e opiniões contrárias ao ministro do STF.
O deputado federal Capitão Alberto Neto (Republicanos) lamentou a decisão de Edson Fachin e criticou o ex-presidente.
“Ministro Fachin anula condenações de Lula e ex-presidente se torna elegível, sendo candidato em 2022. Vamos desmascarar o maior bandido da história do Brasil em pleno horário eleitoral”, disse.
O vereador Capitão Carpê Andrade (Republicanos) disse que sentiu “vergonha de ser brasileiro” com a decisão de Fachin.
“Com essa decisão do ministro Edson Fachin, do STF, de anular as condenações de Lula pela Lava Jato, não duvido nada que o mesmo ainda peça indenização pelos “danos” causados por uma prisão “arbitrária e ilegal” de um santo. Hoje sinto vergonha de ser brasileiro. Vergonhoso”, reitera.
Condenação
A advogada Denise Coelho, especialista em Direito Eleitoral, fez uma análise sobre o assunto. Ela reconheceu que o ex-presidente Lula está elegível e pode concorrer o próximo pleito eleitoral, mas a situação pode mudar.
“Ele (Lula) está elegível por não ter condenação, enquanto não houver nova condenação do ex-presidente Lula pela seção judiciária do Distrito Federal, que é para onde foi remetido os autos ele é considerado elegível pela Lei da Ficha Limpa. Como se ele não tivesse nunca nenhuma condenação todas aquelas foram anuladas em virtude dessa incompetência”, explica a advogada.
Lula já declarou abertamente que não pretende encarar a corrida presidencial nas Eleições de 2022, mas a diretora nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), a deputada federal Gleissi Hoffmann, deseja ver o ex-presidente na disputa.
A advogada fez um adendo para falar sobre a retrospectiva da Operação Lava Jato. Ela relembra a prisão de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, e a participação de Deltan Dallagnol, coordenador da Força Tarefa.
“Abro um pequeno parêntese para recordar da situação da Lava Jato, porque a competência foi para Curitiba. Em virtude do procurador Deltan Dallagnol do Ministério Público Federal e do ex- juiz e ex-ministro Sérgio do Sérgio, entendeu-se que, a partir da primeira da primeira prisão do ex-diretor da Petrobras no Paulo Roberto Costa, de que a Vara de Curitiba seria competente para tratar sobre as questões relativas à Petrobras exclusivamente o que que aconteceu o caso do Tríplex do Guarujá e do Sítio de Atibaia apontados pelo Ministério Público Federal (MPF) como argumentos significativos a nomeação de cargos pelo ex-presidente Lula em virtude da troca desse benefícios como o sítio reforma do sítio da Conceição do Tríplex estavam relacionados a Petrobras no entanto o que o próprio Parquet também apontou em isso que traz defeitos”, disse.
Foto: Lula Marques/AGTP
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