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Desumano: PF resgata paraguaios em condições análogas à escravidão

Vítimas vieram para o Brasil de olhos vendados sem saber qual era a cidade
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(Foto:Reprodução/Pixabay/ilustração)

Brasil – Foram resgatados pela Polícia federal nesta segunda-feira(19), paraguaios que trabalhavam em condições análogas à escravidão em uma fábrica de cigarros clandestina no município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. As vítimas vieram para o Brasil de olhos vendados sem saber qual era a cidade que estavam.

Foi graças a operação Libertatis que tem como objetivo reprimir organização criminosa especializada nos crimes de tráfico de pessoas, e alcançar a redução a condição análoga à de escravo, fraude no comércio, sonegação por falta de fornecimento de nota fiscal.

Com grande capacidade de produção, a fábrica era responsável pela distribuição de cigarros em grande parte do estado do Rio de Janeiro. De forma clandestina os cigarros eram vendidos em preço inferior ao do mercado nacional. Um maço é vendido por autonomos ao preço de R$4,00 reais.

Segundo a Policia Federal, os paraguaios estavam instalados na fábrica e trabalhavam em horário excessivo de 12 horas por dia, 7 dias por semana, em dois turnos, sem descanso semanal. Sem condições de higiene, convivendo com animais, esgoto a céu aberto e com os próprios resíduos da produção dos cigarros. As vítimas não recebiam qualquer remuneração pelos serviços prestados, e eram forçados a trabalhar sem proteção e de forma desumana.

As pessoas que foram resgatadas contaram que foram trazidos do Paraguai mediante com promessa de trabalho na produção de roupas. Contudo, eles foram levados para as instalações da fábrica, onde eram mantidos em cativeiro até o resgate. Eles também informaram que tinham contato com apenas uma pessoa, na qual era responsável de trazer mantimentos, armada e vestindo uma máscara que ocultava seu rosto.

A Operação Libertatis contou com o apoio do Ministério Público do Trabalho e da Receita Federal, e teve por finalidade o cumprimento de quatro mandados de busca e apreensão, expedidos pela 7ª Vara Criminal Federal do Rio de Janeiro, em diversas localidades do município de Duque de Caxias.

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