Durante sessão na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam) ocorrida nesta quinta-feira (11), a deputada Alessandra Campêlo (MDB) apresentou o Projeto de Lei (PL) que propõe a Dignidade e Higienização Menstrual. A PL visa amparar mulheres de baixa renda que não tem condições de ter arcar com absorventes.
Campêlo expôs que falar em menstruação ainda é um tabu por muitos e que o silêncio sobre o tema gera desigualdade de gênero.
“Há pessoas que sequer têm coragem de falar essa palavra em público. Mas cerca de 23% das mulheres entre 15 a 17 anos, não consegue sequer ter acesso a absorventes e ter uma higiene digna”, sustenta Alessandra.
Alessandra também salientou a redução do imposto nos itens de higiene menstrual.
“Nós precisamos que os absorventes higiênicos não sejam considerados supérfluos, mas essenciais para a sobrevivência das mulheres, incluindo uma tributação menor sobre o item. A ONU Mulheres encabeça movimento mundial pela Dignidade Menstrual, em especial mulheres em nível de extrema pobreza e pobreza e aqui no Amazonas podemos ser os pioneiros em seguir essa política pública”, revelou a deputada.
Ela também discorreu sobre situações extremas que acontecem pela falta de acesso à dignidade menstrual.
“Precisamos falar das mulheres que vivem em extrema pobreza, sem condições de comprar um absorvente. A ONU mostra que meninas usam miolo de pão como forma de absorver a sua menstruação. As meninas mais pobres que não têm como comprar absorvente não vão para aula por estarem sangrando. Não podemos fechar os olhos para meninas e mulheres sem condições de comprar um absorvente”, disse Alessandra, destacando a necessidade da sociedade parar de ignorar o fato de que mulheres que vivem na miséria não têm condições de adquirir o item de higiene básica.
Fotos: Divulgação
Leia também: Bia Kicis, primeira mulher a presidir a CCJ, discursa na Câmara dos Deputados; Leia na íntegra