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Eleições 2020: Michelle da Bancada Coletiva comemora número expressivo de votos no pleito eleitoral

O resultado das Eleições 2020, em Manaus, surpreendeu muita gente. Dentre as surpresas, a novidade de uma candidatura no modelo de “mandato coletivo”
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Manaus – O resultado das Eleições 2020, em Manaus, surpreendeu muita gente. Dentre as surpresas, a novidade de uma candidatura no modelo de “mandato coletivo”, pela primeira vez, encabeçada pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSol).

O resultado da experiência obteve um resultado positivo. Com mais de 7.600 votos, demostrando que o modelo pode representar uma nova tendência no voto, para as futuras “Eleições”.

O Portal Tucumã foi conversar com Michelle Andrews (36), que representou as amigas Alessandrine Silva (27), Patrícia Andrade (43), Nicole Fernandes (23) e Silva Silvitcha (35), com o nome “Michelle da Bancada Coletiva”, nas urnas.

Para ela, a votação não foi uma surpresa, apesar da candidatura ter sido competitiva. “Sabemos que Manaus almeja propostas como as nossas e fizemos um bom trabalho de sistematização. Tanto é que a gente conhece a maioria dos votos que a gente recebeu. Isso é muito importante para o PSol”, disse.

Michelle Andrews também acredita que a tendência ao voto coletivo irá aumentar.

“Vai aumentar votos para propostas coletivas progressistas, porque isso é uma linguagem da esquerda, a construção coletiva e tem que ter pauta. Sem pauta, não adianta ir para a rua pedir voto. Tem que ter um trabalho social desenvolvido, tem que ter uma proximidade com a população já. Sem isso, não consegue os votos”, afirma.

“Bancada” desbanca campões de votação

Nomes como Reizo Castelo Branco (PTB), com 1.779 votos, Carlos Portta (PSB), com apenas 946 votos, Elias Emanuel (PSDB), somando 3.646, Marcelo Serafim (PSB), com 5.806, e Marcel Alexandre (Podemos), que teve 5.852, de acordo coma a apuração do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ficaram atrás dos resultados obtidos pela “Bancada Coletiva”.

“Foi surpreendente, porque teve várias pessoas que já tinham mandato e pegaram votos baixíssimos. Manaus quer votar diferente. Quem tiver a melhor proposta, quem se organizar dentro dos seus partidos vai conseguir se eleger. Principalmente, a galera de esquerda, mais progressista da cidade e é isso que a gente está mirando, enquanto PSol”, desabafa.

Futuro

O resultado positivo nessas Eleições motiva as integrantes da “Bancada Coletiva” a continuar o trabalho e fazer planos para o próximo pleito.

“A gente tem muito mais surpresas para o pleito de 2022. Propostas inovadoras. Propostas que nenhum político quer falar. A gente vai vir muito, muito diferente em 2022, mas sempre coletivamente e dentro de um Psol muito mais fortalecido. A votação que a “Bancada Coletiva” teve demonstra que as pessoas querem, sim, construir o Psol em Manaus e no Amazonas”, afirma.

Ainda sobre os votos obtidos na “Eleição”, Michelle Andrews foi enfática ao dizer que o diferencial da equipe foi apresentar propostas em cima das necessidades da população.

“Tem um cuidado de conversar com as pessoas, entender … vou usar aqui o termo “georeferenciar” essa pessoa. Que local da cidade ela está? Qual os anseios dela? Não é só 7604 votos, a gente escutou a demanda de 7604 votos. Como que a gente sabe disso? Porque a gente apresentou as nossas propostas e as pessoas foram votar nas nossas propostas, na nossa criatividade para o pleito de 2020. É isso que a gente quer mostrar cada vez mais. A luta continua e estamos fazendo uma retomada para a esquerda”, explica.

Avaliação de especialistas

A advogada Ane Louise Ventura, especialista em Direito Civil e Processo Civil, explicou porque, apesar do grande número de votos, a “Bancada” não ter sido eleita.

“Por conta do quociente eleitoral. O Psol acabou não fazendo nenhum candidato para a Câmara e, se fizesse, seria a “Bancada Coletiva”, que é uma novidade aqui para o Amazonas. Esses mandatos coletivos significam, na prática, a uma divisão do gabinete eleitoral … a única candidata que teve a sua candidatura registrada era a Michelle, como se fosse a cabeça de chapa do mandato coletivo e era a que tinha a inscrição no TRE, que tinha o número e a foto na urna. Só que ela iria dividir, se fosse eleita, o seu mandato com outras 04 mulheres”, explica.

Ane Louise, avalia tendência do mandato coletivo, em Manaus.

A especialista afirma, ainda, do ponto de vista legal, que não existe proibição e nem permissão sobre o mandato coletivo.

“Não existe legislação que determine como que vão ocorrer esses mandados coletivos … O mandato coletivo ainda, legalmente, é apenas e tão somente uma composição de gabinete, uma divisão, uma suposta, no plano, ainda, muito das ideias, porque ainda nem tivemos a oportunidade de ter essa experiência aqui, em Manaus. Não existe segurança jurídica para tanto. Quem vai ser diplomada é apenas uma pessoa, quem vai tomar posse, quem vai ter voz e vez e poder de voto na Câmara, seria apenas uma pessoa. Na Justiça Eleitoral não temos nenhuma garantia que vão todos tomar posse, não existe isso. Isso é uma coisa extra legal, neste momento”, disse.

Mesmo assim, a especialista concorda que a proposta de um mandato coletivo foi uma novidade neste ano eleitoral.

“E pode ser que nas próximas “Eleições” nós tenhamos mais dessas opções de bancadas coletivas, mas perante a legislação nós ainda não temos nada formalizado”, afirma.

Michelle Andrews, avalia resultado da Bancada Coletiva do Psol, as Eleições.

Foto: Divulgação

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