Manaus – Um estudo divulgado neste mês pelo Instituto Trata Brasil, em parceria com a GO Associados, que mostra o volume de água desperdiçada em todo o Brasil, pontuou que Manaus está como a sétima colocada em relação à redução no desperdício de água e que vem evoluindo progressivamente ao longo de cinco anos, saindo de uma taxa de desperdício de 74,62%, em 2017, para 59,78% em 2021. O apontamento foi feito em cem municípios mais populosos do Brasil e que figuraram no Ranking do Saneamento 2023.
O levantamento “Perdas de Água 2023 (SNIS 2021): Desafios para disponibilidade hídrica e avanço da eficiência do saneamento básico no Brasil”, pontua que grande parte da perda do líquido, essencial para à vida, e que nem chegam às torneiras dos brasileiros, estão relacionados a vazamentos, erros de medição e consumos não autorizados.
De acordo com o estudo, a evolução da capital manauara nestes cinco anos analisados foi de (-14,84%). No entanto, em uma base geral a cidade ainda aparece como a terceira colocada no número de desperdício, ficando atrás de Rio Branco (AC), com 70,72% e Maceió (AL) com 41,07%.
Em relação ao Amazonas, o levantamento pontua que o desperdício geral é de 53%, o que coloca o estado na sexta colocação entre os demais estados brasileiros. O dado, segundo a pesquisa, equivale a 271 piscinas olímpicas, o que corresponderia a 1.591.565 milhão de pessoas que deveriam ser atendidas com o fornecimento de água.
Desperdício no Brasil
Em um contexto geral, o relatório avalia que o país teve um volume de cerca de 7,3 bilhões de metros cúbicos (m3) de água não faturado em 2021, o que equivale a quase oito mil piscinas olímpicas de água tratada desperdiçadas diariamente ou mais de sete vezes (7,4) o volume do Sistema Cantareira – o maior conjunto de reservatórios do Estado de São Paulo.
Em dados reais, o levantamento pontua que se levar em consideração o volume desperdiçado apenas com os vazamentos de água (3,8 bilhões m), a quantidade seria suficiente para abastecer aproximadamente 67 milhões de brasileiros em um ano. Além disso, seria possível, ainda, abastecer os 17,9 milhões de brasileiros que vivem nas favelas brasileiras por um ano e meio.
Veja mais detalhes da pesquisa
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