(Foto: Reprodução Uol)
Uma revisão feita a partir de estudos envolvendo o novo coronavírus indica que a transmissão da covid-19 de crianças para adultos pode não ter tido um “papel significativo” na disseminação do vírus.
Segundo a análise, feita em parceria com Royal College of Pediatrics and Health Child (RCPCH), do Reino Unido, a covid-19 parece afetar crianças com menos frequência e com menor gravidade.
Dos casos oficiais e suspeitos da doença, 32% eram assintomáticos em crianças com idades entre seis e 10 anos. Cerca de 10% apresentaram diarreia e/ou vômito como sintomas.
Os pesquisadores analisaram 78 estudos de diferentes partes do mundo, a maioria originados na China, onde a disseminação do coronavírus teve início.
O levantamento aponta que não houve um único caso de criança com menos de 10 anos transmitindo a covid-19 com base no rastreamento de contatos realizados pela Organização Mundial de Saúde.
“Há evidências de doenças críticas, mas são raras. O papel das crianças na transmissão não é claro, mas parece provável que elas não desempenhem um papel significativo”, afirmou Alasdair Munro, pesquisador clínico de doenças infecciosas pediátricas, que liderou a análise.
Apesar dos resultados da análise, os especialistas reforçam que ainda são necessárias mais evidências. O professor Russell Viner, presidente do RCPCH, afirmou ao Daily Telegraph que ainda é cedo para dizer que as crianças podem voltar a abraçar seus avós.
“Em todo o mundo não estamos vendo evidências de que crianças estejam envolvidas na disseminação ou transmissão do vírus, mas não temos evidências suficientes”, destacou Viner.
*Com informações do Daily Telegraph e Sky News