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Eternas saudades: relembre os artistas amazonenses que partiram em 2020

Klinger Araújo, Mustafa Said, Mandrake, Binho Lopes, Ana Peixoto e entre outros. Conheça a trajetória de cada um desses artistas
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Manaus – O ano de 2020 foi marcado pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Diversos eventos foram cancelados e a economia no mundo sofreu um forte impacto negativo. Em meio a esse cenário, o Amazonas perdeu muitos artistas. Pensando nisso, o Portal Tucumã vai destacar algumas personalidades que partiram.

Mandrake

Douglas Mandrake, um dos produtores culturais mais reconhecidos no cenário do rock manauara, faleceu aos 48 anos em decorrência da Covid-19. Ele foi responsável por contribuir com bandas de garagens e organizar eventos no cenário local.

Foto: Divulgação

Zenaide Souza, amiga pessoal de Mandrake, lamentou a morte do artista por meio das redes sociais.

“Gostaria que fosse um pesadelo, mas não é, é a realidade da vida. Porque nada nessa vida acontece por definição ou lógica. É tudo complexo, abstrato e sem explicação […] Saiba que guardarei nossas lembranças para sempre”, disse.

Klinger Araújo, o Furacão

O levantador de toadas Klinger Araújo, de 51 anos, morreu vítima da Covid-19 no dia 29 de setembro. Ele estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Samel Prontocord, na avenida Álvaro Maia, bairro Adrianópolis, Zona Centro-Sul da capital.

Klinger ficou com 75% do pulmão comprometido e estava na unidade hospitalar por duas semanas.

Foto: Divulgação/Rede Amazônica

Natural de Parintins, Klinger Araújo veio morar em Manaus com 19 anos de idade. Ele foi radialista em veículos de comunicação como a Rádio Difusora do Amazonas, Novidade FM e Amazonas FM. Além disso, também foi locutor na TV Amazonas.

O artista foi um dos primeiros cantores de boi-bumbá na década de 1990 em Manaus. Ele ficou reconhecido por toadas como ‘Repeneirando’ e ‘Bumba Bumbum Bumbá’, consequentemente ganhou notoriedade nacional após participar de programas como Ratinho, Raul Gil e Planeta Xuxa.

Poeta da Amazônia

O compositor Emerson Maia, ícone do Festival Folclórico de Parintins, morreu, aos 66 anos, na madrugada de 14 de agosto.

A causa da morte não foi divulgada, mas ele lutava contra uma tuberculose que afetou o fígado. O artista precisava de um transplante, no entanto, ele não resistiu aos impactos causados pela doença.

Foto: Divulgação

Ele foi levantador de toadas, amo do boi e compositor do Boi Garantido, sendo responsável por toadas como Lamento de Raça, Pura Harmonia, Sentei Junto Ao Pé da Roseira, Folguedo Brasileiro e Geração Garantido.

No Boi Caprichoso, ele deixou as toadas Fumaça de Ervas, Caprichoso – Um Canto de Esperança e Waranã, em parceria com seu filho, que leva o mesmo nome.

Gigante do bolero

O cantor Mustafa Said, reconhecido por ser um dos maiores artistas no ritmo de bolero, faleceu os 48 anos na manhã de 27 de outubro, vítima de uma parada cardíaca enquanto dormia.

Mustafa estava em Pauini, distante a 924 quilômetros de Manaus, visitando a família.

A cantora Goreth Almeida, parceria de palco do cantor por muitos anos, não teve a emoção ao falar do amigo.

“Cada pessoa deixa uma marca em nossas vidas, e trabalhar com o Mustafa Said no Dueto de Ouro foi sensacional. Infelizmente nosso gordinho se foi, mais uma voz se calou”, disse.

Bailado em luto

O coreógrafo e dançarino, Erik David, faleceu no dia 13 de setembro em decorrência da Covid-19. Ele fez parte do quadro artístico do Boi Caprichoso até 2016.

Apelidado de Condor, um pássaro dos Andes, Erik David trabalhou ao lado de Maria Azedo (cunhã-poranga), Brena Dianná (rainha do folclore), Jeane Benoliel (cunhã e porta-estandarte), Thainá Valente (sinhazinha) e Rayssa Tupinambá (porta-estandarte).

Foto: Reprodução/Facebook

Jender Lobato, presidente do Boi Caprichoso, declarou três dias de luto em homenagem ao artista.

Rainha dos figurinos

A estilista amazonense Sônia Lima morreu na manhã desta quarta-feira (30), aos 62 anos de idade, vítima do câncer de mama.

Sônia estava internada na Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon) desde a última segunda-feira (28) em estado grave. A estilista descobriu a doença em 2018 e vinha fazendo tratamento. No entanto, ela não resistiu às complicações causadas pelo câncer.

Artistas como Zezinho Corrêa, Arlindo Júnior, David Assayag, Klinger Araújo, Edilson Santana, Lucilene Castro e Márcia Siqueira já usaram modelos confeccionados pela estilista.

Foto: Divulgação

Sônia também mostrou seu talento em fantasias produzidas para principais escolas de Samba de Manaus, entre elas: Mocidade Independente de Aparecida, Reino Unido da Liberdade, Unidos do Alvorada e outras.

Binho Lopes

O músico Robson Lopes, mais conhecido como Binho Lopes, foi a segunda morte por Covid-19 registrada no Amazonas, no dia 30 de março.

Ele teve uma carreira bem-sucedida como tecladista, produtor, regente e professor de música. Binho foi internado apresentando grande acometimento pulmonar, com necessidade de manobras para melhorar a ventilação.

O artista começou no meio musical em 1992, aos 16 anos, e atuou como tecladista para vários artistas do cenário gospel de renome regional e nacional, como Nelson Ned, Cristina Mel, Asaph Borba, Álvaro Tito, Armando Filho e Ozéias de Paula.

Outros artistas que partiram em 2020

Ana Peixoto

O Amazonas tem perdeu a escritora Ana Maria Souza Peixoto, vítima da Covid-19. Ela deixou cinco filhos, – três biológicos e dois de coração – sete netos e uma trajetória importante na literatura amazonense.

Licenciada em Filosofia pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Ana era professora aposentada e se dedicava, desde 2004, à literatura infanto-juvenil, com o lançamento do livro “Quintal, um lugar para ser feliz”, que deu início à série “Coisas da Ana”.

Ela realizava contação de histórias para crianças em escolas e instituições assistenciais, buscando novos leitores com participação em feiras e eventos literários, inclusivo no interior do Amazonas.

Mestre China

Paulo Santos, mais conhecido como Mestre China, faleceu em maio deste ano vítima da Covid-19. Ele é reconhecido por comandar a bateria da Vitória-Régia.

Além disso, também trabalhou com a Unidos do Alvorada, Mocidade Independente do Coroado e Tradição Leste, da qual era vice-presidente.

Em 2017, China levou o Boi-Bumbá Carinhoso para disputar a principal categoria do Festival Folclórico do Amazonas. Ele promoveu quadrilhas e danças folclóricas nos grandes palcos da capital.

Foto: Divulgação

Leia também: Prefeito eleito de Manicoré cancela cerimônia de posse por causa da Covid-19

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