Brasil – Frederick Wassef, ex-advogado da família Bolsonaro, foi indiciado pela Polícia Civil do Distrito Federal pelo crime de injúria racial contra uma funcionária de uma pizzaria, em Brasília. A informação foi divulgada pelo G1.
Segundo a polícia, o advogado foi intimado a depor durante a apuração, mas a defesa alegou que ele estava em São Paulo, e por isso, não compareceu.
O inquérito foi concluído com o depoimento da vítima, a garçonete Danielle da Cruz de Oliveira, de 18 anos, e de outras três testemunhas que também trabalhavam na pizzaria.
O caso ocorreu em novembro do ano passado, e as investigações foram concluídas na última semana. Na época, ele chegou a prestar queixa contra Danielle, por denunciação caluniosa.
De acordo com o ex-advogado da família Bolsonaro, “tudo que foi dito pela funcionária são mentiras e calúnias”. O indiciamento vai ser analisado pelo Ministério Público do DF (MPDFT), que decidirá se apresenta denúncia à Justiça.
Wassef negou as acusações e disse que não chamou ninguém de macaco. “Não chamei ninguém de macaco. A funcionária não é negra e mentiu, afirmando que eu a chamei de negra e por isso não queria ser atendido por ela. Foi fazer um boletim de ocorrência três dias após o fato narrado, levou fotógrafo para tirar sua foto na delegacia fazendo o B.O [boletim de ocorrência] e divulgou para a imprensa imediatamente.”
A vítima contou que já teria sido “constrangida” e “muito humilhada” por Wassef em outras ocasiões. Em depoimento à polícia, a funcionária relatou que foi chamada de “macaca” após Wassef reclamar que a pizza “não estava boa”.
Conforme a jovem, o advogado disse: “Você é uma macaca! Você come o que te derem.” “Costumeiramente comporta-se de maneira deselegante com os funcionários do estabelecimento, reclamando do atendimento e da qualidade da pizza. Utilizando palavras de baixo calão”, diz trecho de um dos depoimentos.
Com informações do G1
Foto: Igo Estrela/Metrópoles
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