Ex-mascote da Copa sobrevive a queda de 40 metros

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Morgan Segui, um aventureiro francês, sobreviveu a um acidente impressionante e a cinco dias perdido na selva de Timor Leste, após cair de um penhasco de 40 metros. Ensanguentado, com dedos quebrados e o couro cabeludo parcialmente solto, ele recobrou a consciência e enfrentou o desespero com instinto e resiliência, inspirando-se em comportamentos de animais selvagens para se curar.

O acidente ocorreu enquanto ele descia o monte Manucoco, uma montanha sagrada em Ataúro. Após seguir por um caminho errado, Segui tentou escalar um penhasco, mas uma árvore frágil cedeu, provocando sua queda. Durante dias, ele lutou contra a dor, o medo e a incerteza, nutrindo-se apenas de esperança e determinação.

Na terceira noite, um grupo de cabras selvagens surgiu e revelou um caminho em zigue-zague que Segui usou para sair do cânion. Após um esforço extenuante, ele encontrou uma plantação de abacaxis que lhe deu energia para continuar. Eventualmente, ele foi resgatado por moradores locais, a quem ele relatou o acidente.

Sua experiência extrema é narrada em seu livro, Cinq Jours au Timor, destacando a superação, a conexão com a natureza e as lições de humildade perante o desconhecido.

Um espírito aventureiro

A jornada de Segui até aquele penhasco remoto começou anos antes, nas ruas e nos céus de Paris. Criado com o sonho de aventuras, inspirado pelo livro Onde Vivem os Monstros de Maurice Sendak, ele abandonou os estudos para se tornar acrobata e fez história no Stade de France, na Copa do Mundo de 1998, como o mascote Footix.

No entanto, mesmo no topo do mundo, algo faltava. “Quero fazer algo mais”, decidiu ele, abandonando o circo para explorar o mundo, trabalhando em lugares como Marrocos, Cazaquistão e Timor-Leste, onde se estabeleceu em 2017. Nunca imaginou que sofreria esse acidente.

A montanha sagrada

O monte Manucoco, em Timor-Leste, sempre foi envolto em histórias locais sobre sua imponência e sacralidade. Atraído por sua majestade, Segui decidiu escalá-lo, ignorando os conselhos dos moradores de que era tarde demais para iniciar a aventura.

Após uma subida árdua, ele enfrentou a descida com pressa, mas acabou preso em um cânion. Sem saída, tentou escalar um penhasco de 40 metros, agarrando-se a uma árvore cujas raízes não suportaram seu peso. O resultado foi uma queda brutal que o deixou inconsciente por horas.

O instinto animal

Quando acordou, Segui estava gravemente ferido. Inspirado por seu conhecimento sobre como mamíferos selvagens lidam com ferimentos, ele decidiu jejuar, descansar e confiar no próprio corpo para a recuperação. Durante cinco dias, ele lutou contra dores intensas, fome e alucinações.

Foi na terceira noite que sua sorte mudou: um grupo de cabras selvagens apareceu. Observando o trajeto que elas faziam pelas rochas, Segui encontrou uma rota para escapar do cânion.

O resgate inesperado

Com extrema dificuldade, usando a rota das cabras, Segui escalou o penhasco, distante do local do acidente. No topo, encontrou um campo de abacaxis que lhe deu a força necessária para continuar. Finalmente, foi encontrado por Moisés, um morador local, que o ajudou a retornar à civilização.

Hoje, Morgan Segui conta sua experiência no livro Cinq Jours au Timor (Cinco Dias em Timor). Sua história não é apenas um relato de sobrevivência a um acidente bizarro, mas também uma lição sobre como a natureza, por mais implacável que pareça, pode surpreender com sua generosidade e milagres inesperados.

Essa aventura extraordinária é um lembrete poderoso de que, mesmo nas situações mais desesperadoras, a força interior e a capacidade de adaptação podem fazer toda a diferença.

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