GUERRA NO TRÁFICO: Facções estrangeiras disputam áreas de tráfico na Amazônia

Estudo traça panorama das disputam entre grupos estrangeiros e brasileiros na Amazônia

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Brasil – O relatório intitulado Cartografia da Violência na Amazônia, desenvolvido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, oferece uma visão abrangente das disputas territoriais entre facções criminosas na região da Amazônia Legal, especialmente no controle do tráfico de drogas. A análise identifica a presença de pelo menos dez grupos estrangeiros, originários da Venezuela, Colômbia, Peru e Bolívia.

O estudo indica a presença de facções estrangeiras em áreas como Acre, Amazônia, Maranhão e Roraima. Em Roraima, grupos venezuelanos como Trem de Aragua, Trem de Guayana e Sindicato do Crime competem com o PCC e o Comando Vermelho (CV), principalmente em Boa Vista.

Dos 772 municípios compreendidos pela Amazônia Legal, pelo menos 178 têm relatos de atividade de facções, correspondendo a 23% do total. Destes, 80 municípios apresentam conflitos entre dois ou mais grupos.

No Amazonas, a facção FARC, da Colômbia, rivalizam com o CV. No Acre, grupos bolivianos buscam espaço entre a atuação do PCC. O Comando de Las Fronteras, grupo peruano, está presente no Maranhão.

“Roraima, embora seja o estado menos populoso do Brasil, nos últimos cinco anos tem experimentado um aumento da violência em regiões que anteriormente eram conhecidas por ter baixa incidência de crimes letais. No entanto, essa situação mudou com a chegada do PCC, do CV e da facção venezuelana Trem do Aragua, que estão competindo pelo controle territorial no estado”, destaca o estudo.

O estudo observa que a fronteira amazônica é um dos principais pontos de disputa, normalmente para estabelecer controle sobre fluxos e relações de poder. Essa região é palco da presença de facções estrangeiras e brasileiras que, em alguns momentos, colaboram e, em outros, competem entre si.

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