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Faltam 100 segundos para o fim do mundo, dizem cientistas

Relógio do juízo final foi criado em 1947 pelo cientista Albert Einstein e demonstra o quão perto a humanidade está de se destruir
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Relógio do Juízo Final é atualizado todo ano pelos cientistas (Foto: Thomas Gaulkin/Boletim dos Cientistas Atômicos)

A mais recente previsão do Relógio do Juízo Final (Doomsday Clock, em inglês), foi divulgado na última quinta-feira (20) por acadêmicos americanos do Boletim dos Cientistas Atômicos e revela que faltam 100 segundos para o fim do mundo.

Ainda que mais otimista que a célebre e romântica canção Um Minuto Para O Fim Do Mundo, da banda CPM 22 – que prevê “uma volta no ponteiro do relógio [ou seja, 60 segundos] para viver” –, a situação da humanidade está longe de ser confortável, avaliam os cientistas. Cem segundos é a pior marca de toda a história do Relógio do Juízo Final, publicado pela primeira vez há 75 anos.

O indicador é o mesmo dos últimos dois anos (2020 e 2021), mas, ao se analisar uma série histórica mais ampla, estamos cada vez mais perto do apocalipse. Em 1991 faltavam 17 minutos; em 2002, sete; e em 2015, três.

“Estamos presos em um momento perigoso – que não traz estabilidade nem segurança”, explica a professora da Universidade George Washington Sharon Squassoni, co-presidente do Conselho de Ciência e Segurança do Boletim dos Cientistas Atômicos.

Para entender, o Relógio do Juízo Final é atualizado todo ano pelos cientistas do Boletim. O indicador foi criado em 1947 pelo cientista Albert Einstein e por pesquisadores da Universidade de Chicago que participaram do Projeto Manhattan e, desde então, tenta demonstrar o quão perto a humanidade está de se destruir. Naquele ano, faltavam sete minutos para o fim do mundo.

É como se tudo o que aconteceu em nosso planeta fosse compactado em um único ano. A vida teria surgido no início de março, organismos multicelulares em novembro, dinossauros no final de dezembro, e os humanos pouco antes de 23h30 das vésperas de Ano-Novo. Assim aprendeu, e nos ensina, o pesquisador SJ Beard, da Universidade de Cambridge.

Na prática, tudo isso se trata de um símbolo de perigo, de cautela e de responsabilidade.

“[É um alerta ao] público sobre o quão perto estamos de destruir nosso mundo com tecnologias perigosas de nossa própria autoria. É uma metáfora, um lembrete dos perigos que devemos enfrentar se quisermos sobreviver no planeta”, disse o ex-diretor executivo do Boletim Kennette Benedict.

  • Os presidentes da Rússia e dos EUA devem identificar limites mais ambiciosos e abrangentes para armas nucleares e sistemas de lançamento até o final de 2022. Ambos devem concordar em reduzir a dependência de armas nucleares;
  • Os Estados Unidos e outros países devem acelerar sua descarbonização, combinando políticas com compromissos.
  • A China deve dar o exemplo ao buscar caminhos de desenvolvimento sustentável – sem projetos de uso intensivo de combustível fóssil;
  • Os EUA e outros líderes devem trabalhar por meio da Organização Mundial da Saúde e outras instituições internacionais para reduzir os riscos biológicos de todos os tipos por meio de um melhor monitoramento das interações animal-humano, melhorias na vigilância e notificação de doenças internacionais e aumento da produção e distribuição de suprimentos médicos;
  • Os Estados Unidos deveriam persuadir aliados e rivais de que não usar armas nucleares pela primeira vez é um passo em direção à segurança e estabilidade e então declarar tal política em conjunto com a Rússia (e a China);
  • O presidente Biden deve eliminar a autoridade exclusiva do presidente dos EUA para lançar armas nucleares e trabalhar para persuadir outros países com armas nucleares a colocarem barreiras semelhantes;
  • A Rússia deve voltar a integrar o Conselho OTAN-Rússia e colaborar em medidas de redução de risco e prevenção de escalada.
  • A Coreia do Norte deve codificar sua moratória em testes nucleares e testes de mísseis de longo alcance e ajudar outros países a verificar uma moratória na produção de urânio enriquecido e plutônio;
  • O Irã e os Estados Unidos devem retornar conjuntamente ao pleno cumprimento do Plano de Ação Abrangente Conjunto e iniciar novas e mais amplas conversações sobre segurança no Oriente Médio e restrições de mísseis;
  • Os investidores privados e públicos devem redirecionar os fundos de projetos de combustíveis fósseis para investimentos favoráveis ​​ao clima;
  • Os países mais ricos do mundo devem fornecer mais apoio financeiro e cooperação tecnológica aos países em desenvolvimento para empreender uma forte ação climática. Os investimentos na recuperação da Covid devem favorecer os objetivos de mitigação e adaptação climática em todos os setores econômicos e abordar toda a gama de potenciais reduções de emissões de gases de efeito estufa, incluindo investimentos de capital em desenvolvimento urbano, agricultura, transporte, indústria pesada, edifícios e eletrodomésticos e energia elétrica;
  • Os líderes nacionais e as organizações internacionais devem conceber regimes mais eficazes para monitorar os esforços de pesquisa e desenvolvimento biológicos;
  • Governos, empresas de tecnologia, especialistas acadêmicos e organizações de mídia devem cooperar para identificar e implementar maneiras práticas e éticas de combater a desinformação e a desinformação viabilizadas pela Internet;
  • Em todas as oportunidades razoáveis, os cidadãos de todos os países devem responsabilizar seus funcionários políticos locais, regionais e nacionais, líderes empresariais e religiosos, perguntando “O que você está fazendo para lidar com as mudanças climáticas?”
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