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Família de líder do PCC é investigada por lavagem de dinheiro

Um dos alvos do Ministério Público Estadual (MPE) é a mulher de Marcola, Cynthia Gigliolli Herbas Camacho, 44, além do pai e da mãe
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Líder do PCC
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Familiares ligados à Marco Willians Herbas Camacho, 52 anos, conhecido como Marcola e apontado como líder máximo do Primeiro Comando da Capital (PCC), preso na Penitenciária Federal de Brasília, estão investigados por lavagem de dinheiro.

A Polícia Civil cumpre, nesta quarta-feira (16), mandados de busca e apreensão em cinco endereços ligados à família de Marcola. Um dos alvos do Ministério Público Estadual (MPE) é a mulher de Marcola, Cynthia Gigliolli Herbas Camacho, 44, além do pai e da mãe.

A Justiça expediu mandados de busca e apreensão em cinco imóveis da família na cidade de São Paulo, Grande São Paulo, interior e litoral sul do estado. Há mandados em mais oito endereços de outras cinco pessoas investigadas.

De acordo com o MPE, o objetivo é apurar possíveis crimes de lavagem de dinheiro e ocultação de bens e valores praticados por Marcola. A Polícia Civil pediu a prisão temporária dos investigados, mas a Justiça não aceitou.

O Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais), da Polícia Civil, abriu inquérito para apurar os supostos crimes. Policiais suspeitam que a família de Cynthia comprou casa de luxo de 544 metros quadrados na Granja Viana por R$ 1,1 milhão, em 2018, sendo que três anos antes, o imóvel com edificação inacabada havia sido negociado por R$ 3 milhões.

Para o MPE e o Deic, “há indícios de dissimulação e ocultação de valores de movimentações de no mínimo R$ 1,9 milhão entre os envolvidos e também ocultação da verdadeira propriedade do imóvel”.

Os antigos compradores e vendedores do terreno e da casa da Granja Viana são os alvos das demais buscas e apreensões em vários endereços. Alguns são donos de postos de combustíveis e proprietários de imóveis de luxo em bairros nobres da capital paulista e no litoral norte de São Paulo.

Investigações

As investigações contra os acusados tiveram início em janeiro do ano passado. A Justiça autorizou a quebra do sigilo bancário e fiscal dos envolvidos. O Deic apurou que Cynthia é dona de um salão de beleza e estética na zona norte de São Paulo.

As análises da evolução patrimonial da mulher de Marcola indicaram que o capital social do salão de beleza é de R$ 1.000 e que ela movimentou R$ 1,7 milhão no período da quebra de sigilo. Foram contabilizados 101 depósitos em duas contas bancárias dela.

Foi apurado ainda que Cynthia possuía veículos de luxo e que “entre os anos de 2017 e 2019 viajou para a Europa, Colômbia, Peru, Paraguai, e paraíso fiscal do Panamá”.

Segundo o Deic, em relação ao pai de Cynthia houve subvalorização na compra de cinco imóveis. As análises indicaram que a conta bancária da mãe dela recebeu R$ 800 mil sem apresentar declaração de rendimentos durante os anos de 2017 e 2018.

Quebra de sigilo

A quebra de sigilo mostrou ainda que um irmão de Cynthia apresentou diferença de R$ 1,9 milhão entre o valor declarado e o movimentado em sua conta.

De acordo com o Deic, na conta da mulher dele, cunhada de Cynthia, a diferença foi de R$ 2 milhões, sendo que não houve identificação de origem de R$ 1,5 milhão, e na conta da irmã de Cynthia foi constatada uma diferença de R$ 1,4 milhão entre o valor declarado e o movimentado.

Não foram expedidos mandados de busca e apreensão contra o casal de irmãos e a cunhada de Cynthia.

Com informações UOL

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