(Imagem: reprodução TV Globo)
Mais uma vez Manaus esteve no foco do noticiário nacional Fantástico, da Rede Globo. O colapso da saúde na capital, Manaus, foi apresentado em meio a depoimentos dramáticos de famílias que perderam entes queridos e padecem diante da dificuldade de profissionais em lidar com o elevado número de ocorrências derivadas das infecções do novo coronavírus.
A matéria, que esteve entre as primeiras exibidas pelo noticiário neste domingo (26) mostrou a realidade cruel vivida nas últimas semanas por profissionais de saúde, pela população e por profissionais de imprensa, sensibilizados diante de impotência imposta após a ocupação quase total de leitos nas unidades de saúde da capital. Apesar de nem todas as mortes registradas serem pelo coronavírus, a ocupação maciça dos hospitais têm provocado a morte de pessoas com outras doenças, que não encontram leito para serem socorridas.
Nas imagens, corpos sendo enterrados sem velório, em alguns casos pelos próprios familiares, famílias que não conseguem identificar seus parentes e a dor de médicos, enfermeiros, socorristas e coveiros que, em meio à pandemia, precisam driblar as condições de guerra em meio a um número crescente de enfermos, emocionaram aos espectadores do jornalístico.
O Amazonas já contabiliza mais de 3800 casos confirmados de Covid-19. Na reportagem, o prefeito de Manaus, Arthur Neto, dá um duro choque de realidade: “Temos que ser transparentes, o pior ainda está por vir, provavelmente na segunda semana de maio”, declarou.
A dificuldade também foi reiterada pelo governador Wilson Lima. que viu hoje duas secretárias de seu Governo anunciarem que entraram em quarentena após confirmarem casos da doença.
“Estamos no limite. Se não houver ajuda do Governo Federal, ainda perderemos muitas pessoas para a doença”, afirmou o governador.
Em meio ao sofrimento, imagens de repórteres chorando ao vivo e de moradores e profissionais comemorando a recuperação de amigos e familiares também mostram que, em meio a tanto sofrimento, há também a esperança na cura daqueles que padecem diante de uma doença que vai devastando a forma como a humanidade se acostumou a viver mundo afora.
Raphael Sampaio
