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Fiscal do Carrefour disse que recebeu orientação para ‘ficar escondida’ por causa da mídia

A fiscal Adriana Alves Dutra foi uma das seis indiciadas na morte do cliente negro João Alberto Silveira Freitas, em novembro deste ano
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fiscal carrefour

Manaus – Adriana Alves Dutra, fiscal do Carrefour, uma das seis pessoas indiciadas pela morte do cliente negro João Alberto Silveira Freitas, afirmou que precisava ficar “escondida por causa da mídia” em uma conversa com um colega, horas após o crime. A informação foi divulgada pelo UOL nesta sexta-feira (11).

Ela foi presa cinco dias depois do assassinato, quando foi chamada para prestar novo depoimento, já que não foi encontrada em sua residência pelos policiais.

No momento da detenção, o celular dela foi entregue e passou a ser analisado. Duas mensagens chamaram a atenção dos policiais – uma enviada às 16h38 e a outra às 22h57 de 20 de novembro.

As duas foram encaminhadas a dois contatos diferentes, mas com mesmo nome: Paulo. “Também não sei Paulo, a orientação da advogada, é eu ficar baixada, escondida por enquanto, por causa da mídia, tu tá entendendo? Porque está tudo muito ruim pro meu lado”, primeira mensagem da fiscal.

“A orientação da advogada é ficar totalmente fora da vista, e tentar proteger as pessoas que são ligadas a mim. Então, não fica te expondo porque vai ficar ruim, tu tá entendendo?”, segunda mensagem de Adriana.

Para a polícia, não houve crime de injúria racial, mas Beto, como era conhecido o cliente negro, foi vítima de “racismo estrutural”, citado como motivo torpe nas qualificadoras.

Além da fiscal, já estavam presos deste a noite do crime o ex-policial militar temporário Giovane Gaspar da Silva e o segurança Magno Braz Borges. Adriana está presa temporariamente, e foi solicitada a conversão para prisão preventiva.

Relembre o caso

João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, foi agredido por dois homens brancos em uma unidade do supermercado Carrefour, na cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, no dia 19 de novembro.

A Brigada Militar, como é chamada a Polícia Militar no Rio Grande do Sul, informou que o espancamento começou após um desentendimento entre a vítima e uma funcionária do supermercado, que fica na Zona Norte da capital gaúcha. A vítima teria ameaçado bater na funcionária, que chamou a segurança.

O Carrefour informou, em nota, que lamenta profundamente o caso, que iniciou rigorosa apuração interna e tomou providências para que os responsáveis sejam punidos legalmente.

Com informações do UOL
Foto: Reprodução

Leia também: Grupo Carrefour anuncia fim da terceirização dos serviços de segurança

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