Polícia

Foragida, “Dama do Tráfico” é presa no Paraná

Conhecida como 'Dama do Tráfico', Luciane usava ONG para ganhar acesso a ministérios em Brasília antes de ser condenada por crimes;

Especial Publicitário

Manaus (AM) – Luciane Barbosa Farias, conhecida nacionalmente como “Dama do Tráfico”, foi presa nesta quinta-feira (25) em Cascavel, no Paraná, durante uma operação da Polícia Federal (PF) em conjunto com a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO/PR).

Ela é esposa de Clemilson dos Santos Farias, o “Tio Patinhas”, líder de um grupo criminoso no Amazonas, que cumpre pena em um presídio federal de segurança máxima.

A prisão é um desdobramento da Operação La Muralla, que investigava uma rede de tráfico de drogas de alcance nacional.

Luciane foi condenada pela Justiça Federal do Amazonas a 10 anos de prisão em regime fechado pelos crimes de associação ao tráfico, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

As investigações apontam que ela era peça-chave no esquema financeiro do grupo comandado pelo marido, com operações no Amazonas e ramificações no Rio de Janeiro.

Condenação, fuga e nova captura

Apesar da condenação, Luciane permaneceu em liberdade até janeiro de 2025, quando a Justiça expediu mandado de prisão definitiva.

Desde então, ela era considerada foragida. Sua captura nesta quinta-feira no Paraná ocorre poucos meses após ter sido localizada e presa pela Polícia Civil em uma casa na Zona Norte de Manaus, no dia 28 de maio de 2025, quando começou a cumprir a pena.

A PF não divulgou detalhes sobre as circunstâncias que a levavam a Cascavel.

A “Dama do Tráfico” em Brasília

O nome de Luciane ganhou projeção nacional em 2023, quando participou de reuniões oficiais no Ministério da Justiça e no Ministério dos Direitos Humanos, em Brasília.

Na ocasião, ela se apresentava como presidente do Instituto Liberdade do Amazonas (ILA), uma ONG que dizia atuar na defesa dos direitos de presos.

A presença de uma figura central do crime organizado em ambientes governamentais de alto nível causou forte repercussão negativa e levou à revisão dos protocolos de segurança e de acesso a órgãos públicos federais.

Leia Mais