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FOTOS: Relembre o caso Gabriella; ex namorado será julgado nesta terça-feira e família pede pena máxima

Gabriella Custódio Silva foi morta no dia 23 de julho de 2019; nesta terça-feira (27), Leonardo, o ex, será julgado por homicídio qualificado
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Um dos júris mais polêmicos do ano em Joinville acontece nesta terça-feira (27), no Tribunal de Júri. Leonardo Natan Chaves Martins, de 22 anos, acusado de matar Gabriella Custódio com um tiro no peito, senta no banco dos réus par ser julgado.

Leonardo está preso desde agosto de 2019. De acordo com a pronúncia, será julgado pelo crime de feminicídio, que tem como pena máxima 30 anos de prisão. No entanto, é justamente isso que a defesa contesta. Segundo a defesa de Leonardo, o tiro foi acidental.

Este deve ser o ponto chave das discussões durante o julgamento: se Leonardo teve ou não teve a intenção de matar Gabriella, se foi um crime doloso ou culposo.

A reportagem da NDTV Record Joinville teve acesso, com exclusividade, ao depoimento do acusado de matar Gabriella Custódio. O material faz parte do processo e foi prestado no Fórum de Joinville, onde será o júri. O vídeo tem quase meia hora e nele Leonardo chora algumas vezes. O réu mostra ao juiz como manuseava a arma no dia que Gabriella foi baleada no peito.

Leonardo conta que pegou Gabriella e colocou no porta-malas do carro e que também colocou a arma dentro do veículo e saiu em direção ao hospital. A tentativa de socorrer Gabriella foi gravada pelas câmeras do hospital Bethesda, em Pirabeiraba.

As imagens mostram Leonardo colocando a jovem na maca. Após deixar Gabriella, ele teria retornado ao carro para pegar um documento, mas decidiu sair do hospital e ligar para o pai. No vídeo abaixo, ele diz: “pai, pai, eu matei a Gabriella, acabei com minha vida. Ele (o pai) falou: ‘meu Deus, meu filho’”

Leonardo disse ao juiz que não puxou o gatilho, que o tiro foi acidental e depois ele disse ter ficado em choque.

O pai de Leonardo, Leosmar Martins Chaves, foi morto em São Francisco do Sul em fevereiro deste ano, mas, de acordo com a Polícia Civil, a morte dele não tem relação com o caso Gabriella.

Leosmar, inclusive, também era réu neste processo da morte de Gabriella por fraude, por tentar induzir a justiça ao erro quando teria desaparecido com a arma do crime e também por sumir com os celulares – de Leonardo e de Gabriella –  aparelhos que nunca foram encontrados.

A defesa alega que o celular foi destruído para esconder da família que o casal era usuário de maconha.

O júri começa às 9 desta terça e a previsão é de que o julgamento possa durar cerca de 10 horas.

O dia do crime

Andrezza tinha acabado de sair do trabalho e ido com o marido a uma lanchonete, próxima ao local que morava. Antes de ir, conversou com a mãe, que se mostrou preocupada no telefone em relação a Gabriella. Porém, a filha a tranquilizou dizendo que ela devia estar em casa, vendo algum filme.

“Quando a gente estava na lanchonete, meu pai me ligou dizendo para irmos para o hospital, que o Leonardo tinha dado um tiro na Gabriella, mas não sabia de mais nenhuma informação. Voltei para casa, para pegar o carro, achando que ela estava viva. Porém, quando cheguei, uma amiga me ligou perguntando ‘é sério que a Gabi morreu?’. Foi ai que eu soube que ela estava morta”, conta a irmã, enquanto segura as lágrimas.

Os dois estavam na casa dos sogros quando o disparo ocorreu. Em depoimento, o réu alega que mostrava a arma para a namorada, quando o objeto teria “disparado sozinho”.

Após o disparo, Leonardo teria colocado o corpo da companheira no porta-malas e a levado até o hospital, onde a deixou em uma maca e fugiu para São Francisco do Sul. No caminho, teria jogado a arma no Canal do Linguado – apesar de buscas, o objeto, assim como os celulares da vítima e do acusado, nunca foi encontrado.

Em depoimento, ele alegou que o disparo foi acidental e teria ocorrido enquanto mostrava a arma para a companheira. A perícia, porém, identificou que a pistola foi apontada na direção da vítima por conta do trajeto do projétil e de uma marca na parede.

Após manifestação do MPSC (Ministério Público de Santa Catarina), Leonardo foi denunciado por homicídio doloso duplamente qualificado: além de feminicídio, também foi enquadrado na qualificadora de surpresa.

Com informações do NDMAIS.

Foto: Reprodução

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