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‘Garimpo Urbano’: operações do Gaeco recupera 600 kg de ouro maciço

O Gaeco e o órgão oficial responsável pela representação e procedimentos investigatórios destinados a identificar, reprimir, combater, neutralizar e prevenir as ações das organizações criminosas
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Imagens: Portal Tucumã

Durante coletiva, na tarde desta sexta-feira (9), do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Amazonas (MPAM) foi esclarecido que os interessados em atuar nesse órgão devem ter em mente que suas vidas serão constantemente vigiadas. A operação investiga a ação de agentes de segurança envolvidos no desvio de cargas de ouro, obtidas durante abordagem aos transportadores. O delegado Samir Freire e o grupo de policiais pediam dinheiro para liberar as cargas e ameaçavam empresários com flagrantes forjados. Há indícios que foram desviados pelo menos 60 quilos de ouro.

A coletiva ocorreu nas dependências do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM) situado na avenida Coronel Teixeira, no Nova Esperança, na Zona Oeste de Manaus, onde os agentes apresentaram dados do andamento da operação.

O Gaeco e o órgão oficial responsável pela representação e procedimentos investigatórios destinados a identificar, reprimir, combater, neutralizar e prevenir as ações das organizações criminosas. Devido aos fatos, ocorreu a prisão do secretário adjunto de inteligência, delegado Samir Freire, e outros três investigadores da Polícia Civil pelo grupo Gaeco, com apoio da Polícia Federal.

Na manhã desta sexta-feira, o Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado deflagrou a operação Garimpo Urbano, com apoio operacional da Polícia Federal, e cumpriu mandados de prisão temporária e de busca e apreensão tanto na capital como no interior do Amazonas e, ainda, no interior do Estado do Pará.

Ao todo foram cumpridos quatro mandados de prisão temporária e dez mandados de busca e apreensão por equipes operacionais da Polícia Federal e do Gaeco. As investigações tiveram início em fevereiro, logo após denúncia, por vítimas que teriam sido obrigados a pagar propina em ouro, mediante graves ameaças dirigidas aos transportadores do referido metal.

Os agentes se aproveitavam de estrutura, pessoal e de expertise da Secretaria Executiva Adjunta de Inteligência (SEAI), para abordagem das vítimas e com isso, era realizada subtração do ouro.

O Governo do Estado informou que os agentes públicos estaduais alvos da operação foram afastados dos cargos que ocupam e exonerados das funções.

O delegado Samir Freire, que chegou à sede do Ministério Público escoltado por agentes da PF, era chefe do setor de inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas.

Além de quatro mandados de prisão, outros dez mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos na capital do Amazonas e também em cidades no estado do Pará. Já nas primeiras horas da manhã, por volta das 8h, quatro agentes da PF chegaram à sede do MP com um malote com documentos apreendidos durante a operação.

Em nota, o governador Wilson Lima disse que condutas ilícitas de qualquer servidor público estadual não são toleradas e que vai colaborar com as investigações, prestando todas as informações necessárias aos órgãos de fiscalização e à Justiça.

Texto: Conceição Melquíades
Reportagem: Mairkon Castro
Imagens: Yohane Honda

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