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Homem procurado por matar criança morre ao trocar tiros com a polícia

Os policiais foram recebidos a tiros por Thiago. Ele correu para dentro do imóvel na tentativa de fugir, mas acabou atingido na cabeça e tórax.
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Homem procurado / Foto: reprodução
Homem procurado / Foto: reprodução

Thiago Oliveira dos Santos, 29, morreu na noite de terça-feira, 10, após trocar tiros com policiais da Secretaria Executiva-Adjunta de Operações (Seaop), braço operacional da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM). Ele já tinha várias passagens pela polícia e estava sendo procurado por matar uma criança de três anos em 2016.

Segundo informações dos policiais, uma denúncia anônima levou a equipe do serviço de inteligência até uma casa na rua Jabora (antiga C-2), no conjunto Águas Claras, bairro Novo Aleixo, zona Norte de Manaus, que servia como “quartel general” (QG) para o tráfico de drogas e esconderijo de traficantes.

Ao chegarem ao local, os policiais foram recebidos a tiros por Thiago que estava no portão da garagem. Ele correu para dentro do imóvel na tentativa de fugir, mas acabou atingido na cabeça e tórax.

Durante a ação, os policiais militares da Ronda Ostensiva Cândido Mariano (Rocam), responsável pelo patrulhamento tático, foram acionados para dar apoio. Thiago foi socorrido pela guarnição e levado ao Hospital e Pronto-Socorro (HPS) Dr. Platão Araújo, na zona Leste, mas não resistiu aos ferimentos.

Após a intervenção policial, vários familiares do suspeito chegaram na unidade hospitalar indignados. Diana Oliveira, 30, declarou que os policiais chegaram truculentos sem dar qualquer chance de defesa para o irmão dela.

“Esses policiais foram covardes e truculentos. Eles já chegaram atirando contra o meu irmão. Os policiais preferiram matá-lo em vez de prendê-lo”, disse a irmã do suspeito.

Conforme informações da polícia, o local servia como ponto de tráfico, esconderijo de drogas e armas de fogo. Foram apreendidos na casa um revólver calibre 38, com cinco munições intactas e um estojo de munição deflagrada; material supostamente usado para arrombar caixas eletrônicos; 350 gramas de maconha tipo skank; 8 quilos de cocaína; uma balança de precisão; R$ 56; um caderno com contabilidade do tráfico de drogas; dois celulares e uma bolsa contendo diversos materiais supostamente utilizados para cometer arrombamentos.

Além dos materiais encontrados, Caio Oliveira dos Santos; Carlos Eduardo Viana Limera, e Emily Souza da Costa, que estavam na moradia foram detidos e levados pela Rocam ao 6º Distrito Integrado de Polícia (DIP) para procedimentos.

Antecedentes criminais

Em consulta ao Sistema Integrado de Operações de Segurança (Sisp), Thiago tinha cinco mandados de prisão em aberto, sendo dois por roubo, dois por homicídio e um por tráfico de drogas.

Entre os crimes, Thiago estava sendo procurado pela Justiça pelo envolvimento na morte de Jhonatta Alexandre dos Santos, 3, ocorrido por volta das 22h do dia 18 de março de 2016, uma sexta-feira.

A criança foi baleada na cabeça dentro de casa, no beco São Francisco, bairro Vila da Prata, zona Oeste de Manaus. O menino ainda foi levado ao Hospital e Pronto-Socorro (HPS) da Criança zona Oeste, mas não resistiu ao ferimento.

O motivo

Segundo levantamento da polícia, o alvo da ação criminosa era o avô da criança. À época, Farides Evangelista dos Santos repreendeu Paulo Roberto Viana de Oliveira, 24, por estar comercializando drogas em frente a sua casa.

Insatisfeito, Paulo Roberto deixou o local e retornou minutos depois em um carro Gol vermelho, acompanhando de Cleosamir Oliveira da Costa, 35, e Thiago Oliveira do Santos, 25.

Conforme o inquérito policial, o trio chegou atirando contra Farides. Um dos tiros atingiu a criança, que mesmo sendo levada às pressas ao HPS da Criança da zona Oeste, não resistiu. O avô conseguiu sobreviver ao ataque após se esconder.

Após o crime, Cleosamir e Paulo Roberto foram presos e encaminhados ao 19º Distrito Integrado de Polícia (DIP). Já Thiago, apontado como traficante da área da Vila da Prata – conseguiu fugir.

Condenação

Paulo Roberto foi condenado no dia 14 de setembro de 2018 a 33 anos de prisão, em regime fechado, após ser julgado pelo Conselho de Sentença da 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus, por homicídio do menino Jhonatta Alexandre, e pela tentativa de homicídio contra o avô da criança, Farides Evangelista.

A sessão de julgamento, formada por sete mulheres, ocorreu no Plenário do Júri, no Fórum Ministro Henoch da Silva Reis, bairro São Francisco, zona Sul de Manaus, sendo presidida pelo juiz de direito Celso Souza de Paula. O Ministério Público do Amazonas (MP-AM) esteve representado pelo promotor de Justiça, André Epifânio Martins.

Na ocasião, o promotor sustentou a tese de homicídio qualificado, por motivo torpe, com utilização de recurso que impossibilitou a defesa da vítima e, ainda, contra uma criança. Em relação a tentativa de homicídio qualificado, o promotor também considerou a utilização de recurso sem chances de defesa do avô da criança. Já Cleosamir Oliveira da Costa, teve a punibilidade extinta em razão da sua morte.

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Fonte: Amazonas 1

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