A Polônia se juntou a uma lista de países, incluindo Alemanha e França, que questionaram a eficácia da vacina AstraZeneca Covid-19 em idosos, citando muito poucas pesquisas envolvendo pessoas com mais de 55 anos.
“Se estamos falando sobre a decisão do conselho médico [polonês], esperamos isso nos próximos dias ou possivelmente nas próximas horas, mas está claro que os idosos não serão vacinados com esta injeção”, disse Michal Dworczyk, o primeiro-ministro assessor superior encarregado da vacinação.
Ele acrescentou que uma decisão final sobre o assunto seria feita depois que o conselho médico deixasse suas próprias recomendações claras.
Dworczyk reconheceu que a Agência Europeia de Medicamentos aprovou a vacina para pessoas com mais de 18 anos, mas observou que ainda não havia resultados suficientes para seu uso entre pessoas com mais de 55 anos para determinar o quão bem a vacina funcionará para aquela coorte da população.
A medida segue uma decisão semelhante na Alemanha, onde as autoridades disseram na semana passada que a vacina contra o coronavírus AstraZeneca não deve ser dada a pessoas com mais de 65 anos, mais uma vez citando a falta de dados.
Na sexta-feira, o presidente francês Emmanuel Macron afirmou que a vacina Covid-19 da AstraZeneca era “quase ineficaz para pessoas com mais de 65 anos”. Seus comentários foram posteriormente rejeitados pelos principais cientistas do governo do Reino Unido.
“Na minha opinião, os políticos precisam entender a ciência antes de fazer declarações como essa”, disse o professor Anthony Harnden do Comitê Conjunto de Vacinação e Imunização (JCVI) ao Good Morning Britain na segunda-feira.
“Esta vacina [vacina Covid-19 da AstraZeneca], a partir dos dados, é muito, muito eficaz contra hospitalizações e mortes e quase 100% eficaz na verdade,” acrescentou.
Na sexta-feira, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) recomendou a vacina, e a Comissão Europeia deu sua aprovação final para a vacina.
A EMA acrescentou que não havia evidências suficientes para saber o quão bem a aplicação funcionará em maiores de 55 anos, mas disse que a proteção é “esperada”, dada a resposta imunológica observada neste grupo etário com outras vacinas.
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