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Incrível: estudo com ratos prevê possível vacina para câncer de pele

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), aproximadamente 180 mil novos casos de câncer de pele são registrados por ano no Brasil
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Foto: Reprodução/Getty Images

Com o sucesso da vacina de mRNA contra a Covid-19, cientistas começam a imaginar outras doenças que podem ser beneficiadas pela tecnologia. Um novo estudo sugere que é possível criar um imunizante contra o câncer de pele, que seria aplicado em pessoas do grupo de risco.

A pesquisa foi publicada no Journal of Investigative Dermatology na última terça-feira (11/1) e conduzida por pesquisadores dos Estados Unidos e do Japão, que confirmaram o papel de uma enzima antioxidante na proteção contra esse tipo de câncer.

O RNA mensageiro (mRNA), usado em vacinas contra o coronavírus como da Pfizer/Biontech, poderia treinar o corpo humano para gerar proteínas antioxidantes adicionais, aumentando a capacidade de proteger o DNA dos danos químicos causados ​​pela exposição solar. Essas proteínas poderiam oferecer mais uma camada de proteção contra o câncer de pele.

O farmacologista Arup Indra, da Oregon State University, acredita que essa é uma possibilidade plausível, dado o sucesso das vacinas de mRNA diante da pandemia atual. Entretanto, a criação de um imunizante contra o câncer de pele é ainda especulativa, com muitos obstáculos a serem superados.

“Por mais de 40 anos, os pesquisadores analisaram os antioxidantes dietéticos como uma possível fonte de agentes baratos e de baixo risco para a prevenção do câncer, mas nem sempre tiveram um bom desempenho em ensaios clínicos. Daí a necessidade de tentar intervir com novos agentes de quimioprevenção, como uma vacina de mRNA”, diz Indra à plataforma Science Alert.

De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de pele corresponde a 33% de todos os diagnósticos da patologia no Brasil. Por ano, aproximadamente 180 mil novos casos são registrados.

Expectativas positivas
Os melanócitos presentes no organismo são capazes de produzir um pigmento bronzeador que protege o corpo das frequências de luz e do espectro ultravioleta do sol, responsável por liberar elétrons. Essa produção de pigmento gera enzimas oxidantes que equilibram o organismo em relação à oxidação solar.

Para os cientistas, a enzima TXNRD1 parece uma boa candidata para aumentar a proteção solar. A remoção desse gene em camundongos forneceu à equipe de pesquisa uma maneira de estudar o papel da enzima na pigmentação e a capacidade dos melanócitos de responder ao estresse oxidativo resultante da exposição à radiação ultravioleta-B.

Embora fosse necessário avançar bastante na pesquisa para desenvolver uma vacina, o RNA mensageiro que codifica a enzima poderia ser entregue ao organismo por meio do tipo de tecnologia semelhante à que está sendo usada nas fórmulas contra o Sars-CoV-2 produzidas pela Pfizer e Moderna.

“Pessoas com risco aumentado de câncer de pele, como aquelas que trabalham ao ar livre em climas ensolarados, poderiam ser vacinadas uma vez por ano”, sugere o farmacologista Indra.

Os pesquisadores enfatizam que o estudo ainda precoce, mas promissor. Para eles, há muitas razões para tratar os resultados com cautela. Entretanto, a ideia de usar vacinas de mRNA para combater o estresse oxidativo é algo que os cientistas estão levando a sério.

“Claramente estamos na ponta do iceberg, mas as possibilidades são animadoras para prevenir diferentes tipos de progressão de doenças, incluindo câncer, modulando o sistema antioxidante do corpo”, declara Indra.

Com informações do Metrópoles

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