Diana Gonçalves, que tinha 21 anos, e a filha que esperava, Isabella, morreram na semana passada. A família da jovem acusa o Hospital Estadual da Mãe, em Mesquita, na Baixada Fluminense, de negligência.
De acordo com o G1, no dia 9 de dezembro, com 40 semanas de gestação, Diana começou a perder líquido e sentir muitas dores. Foi duas vezes até o Hospital da Mãe, onde, segundo a família, foi medicada, mas os médicos orientaram que ela voltasse para casa.
Ela continuou sentindo os mesmos sintomas e voltou à unidade no dia 13 de dezembro. E, mais uma vez, voltou para casa.
“Ela disse que eles mandaram aguardar, que não tinha muito o que fazer”, disse a mãe, Maria Alice, ao G1.
No dia 15 de dezembro, Diana enfim foi internada e preparada para o parto. Na ficha de atendimento, a prioridade foi classificada como “pouco urgente”, ou classificação verde, sem risco.
O bebê morreu cerca de dez minutos após nascer. No atestado de óbito, a causa da morte foi identificada como “asfixia, sofrimento fetal e provável sepse”.
A família diz que a demora no parto causou mecônio, que são as primeiras fezes do bebê.
Diana permaneceu internada na enfermaria do Hospital da Mãe para se recuperar, mas começou a sentir enjoo e dificuldade para respirar. No dia seguinte ao parto, foi transferida para o Hospital da Mulher, em São João de Meriti, mas não resistiu.
O enxoval de Isabella estava pronto. A ideia agora é doar tudo.
O Hospital Estadual da Mãe disse que abriu uma sindicância imediatamente após a morte para apurar o que aconteceu, e que o procedimento ainda não foi concluído. A direção da unidade lamenta as mortes e se solidariza com a família.
A Secretaria Estadual de Saúde disse que está acompanhando a sindicância aberta pelo Hospital da Mãe.