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Justiça Federal nega pedido de condenado na operação Vorax de ir ao casamento da sobrinha

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A Justiça Federal do Amazonas (TRF1) negou o pedido do Adriano Teixeira Salan – condenado na operação Vorax – de ir ao casamento da sobrinha. Adriano Salan que está em prisão domiciliar, foi condenado a mais de 16 anos de prisão e esteve na “lista vermelha” da Interpol por desvio de recursos públicos federais no município de Coari, cidade distante 362 quilômetros de Manaus.

Adriano Salan que era secretário de administração da prefeitura de Coari, comandada por Adail Pinheiro à época, e um dos articuladores de esquema de fraudes em licitações, foi preso em agosto de 2016, após dar entrada em uma unidade hospitalar da rede pública de Manaus.

Em junho de 2015, Adriano foi condenado a mais de 16 anos de prisão, teve mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça Federal e estava foragido desde então, quando passou a constar na “lista vermelha” da Interpol.

De acordo com as investigações, Adriano Salan era um dos comparsas de Carlos Eduardo do Amaral Pinheiro, chefe do esquema dos desvios de recursos públicos em Coari e irmão do prefeito Adail.

Operação

As investigações da operação Vorax tiveram início em 2004, a partir de uma representação encaminhada pelo MPF à Polícia Federal, que relatou haver irregularidades na execução de convênio firmado entre a prefeitura de Coari e a União, por meio do Ministério do Meio Ambiente, para a construção de um aterro sanitário no município.

Durante a realização da operação Vorax, em 2008, a Polícia Federal cumpriu mandados de prisão preventiva e apreendeu, entre diversos outros materiais e equipamentos eletrônicos, quase R$ 7 milhões em dinheiro no forro de uma casa localizada em um conjunto habitacional construído pela prefeitura, em Coari, que seriam apenas uma parte dos recursos públicos desviados pelo grupo.

Entre os condenados na operação Vorax estão Carlos Eduardo do Amaral Pinheiro, irmão do ex-prefeito da cidade Adail Pinheiro e o ex-secretário de Administração da cidade Adriano Teixeira Salan. A dupla e outros três réus condenados tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça e não poderão recorrer da sentença em liberdade.

O irmão de Adail Pinheiro recebeu a maior pena aplicada pela Justiça: condenado a cumprir 41 anos e quatro meses de prisão em regime inicialmente fechado, Carlos Eduardo Amaral Pinheiro deverá pagar ainda, em valores atualizados, 1.088 dias-multa (cada dia multa equivalente a um quarto do salário-mínimo à época dos crimes) e multa de R$ 323.759,81.

Ele é apontado como um dos principais articuladores e ao mesmo tempo beneficiário do esquema criminoso instalado na Prefeitura de Coari, ora vencendo licitações por meio de “laranjas”, ora convencendo empresários a aderir ao esquema fraudulento.

Por Henderson Martins

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