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Lessa revela planos de lucrar R$ 100 milhões com morte de Marielle

Lessa é apontado como o atirador responsável pelos assassinatos
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Foto: Divulgação

Brasil – Em uma delação premiada à Polícia Federal, revelada no domingo (26) pelo programa de TV “Fantástico”, o ex-sargento da Polícia Militar Ronnie Lessa afirmou que planejava lucrar R$ 100 milhões com as mortes da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes. Lessa é apontado como o atirador responsável pelos assassinatos ocorridos em 14 de março de 2018, no centro do Rio de Janeiro.

Segundo Lessa, a vereadora foi alvo porque orientava as pessoas a não aderirem aos novos loteamentos das milícias na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Ele revelou que, junto com os mentores do crime, identificados como Domingos e Chiquinho, planejava criar uma nova milícia na região. O objetivo era ocupar ilegalmente a área oferecendo serviços clandestinos de internet, televisão, gás residencial e transporte, o que consolidaria o controle sobre a região e garantiria votos.

“A gente ia assumir, na verdade, ia criar uma milícia nova. A questão valiosa ali é depois, é a manutenção da milícia, que vai trazer voto”, declarou Lessa durante a delação.

Ronnie Lessa aceitou o plano em troca de dois loteamentos no bairro de Jacarepaguá, que, segundo ele, renderiam mais de US$ 20 milhões em lucro, aproximadamente R$ 100 milhões. Lessa relatou ter se encontrado com Domingos e Chiquinho em três ocasiões, descrevendo Domingos como o principal orador, enquanto Chiquinho concordava com os planos.

Domingos e Chiquinho permanecem presos, mas a delação de Lessa não apresentou evidências concretas da criação da nova milícia. Lessa, por sua vez, está detido na Penitenciária Federal de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. A Polícia Federal mantém que ele foi o responsável pelos disparos que mataram Marielle Franco e Anderson Gomes.

As revelações da delação de Ronnie Lessa trouxeram à tona a complexa rede de interesses criminosos por trás dos assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes, destacando a influência das milícias no Rio de Janeiro e os métodos brutais utilizados para manter o controle territorial e político. A delação premiada evidencia os altos lucros envolvidos nas operações das milícias, além do impacto devastador que essas organizações têm sobre a sociedade e a política locais.

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