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Líder das religiões de matriz africana repudia declarações homofóbicas de padre

O padre Paulo Antônio Müller começou a declaração dizendo que o relacionamento entre os jornalistas como “ridículo”
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padre pai de santo
Foto: Divulgação

Manaus – As declarações homofóbicas do padre Paulo Antônio Müller, da Pastoral da Família, contra os jornalistas Pedro Figueiredo e seu marido, Erick Ranielli, ambos da TV Globo, ainda está gerando muita repercussão.

O coordenador-geral da Articulação Amazônica dos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana (Aratrama), pai Alberto Jorge Silva, se manifestou a respeito sobre as falas do padre. Segundo ele, o gesto do padre é coisa de religioso frustrado.

“Isso é coisa de religioso frustrado, recalcado sexual, que vive na infelicidade de seus desejos macharais reprimidos e incomodado coma felicidade que grita impunemente, resolve dar uma de moralista de araque. O casal pediu a opinião desse padre recalcado? Pediu para casar em sua igreja? Pertence a sua paróquia? Não”, disse.

Pai Alberto Jorge ressaltou que nem todos os religiosos são iguais uns aos outros, mas fez uma ressalva.

“Há padres e bispos santos, profetas no sentido lato, mas há também muitos recalcados, frustrados, mal amados, invejosos usando da batina e da estola para difundir ideologias satânicas, na contra mão da caridade e do amor ao próximo”, reitera.

Além de defender as casas de axé, pai Alberto Jorge é homossexual assumido e também levanta bandeira em prol da classe LGBTI+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais, Queers, Intersexuais, Assexuais e outros).

Relembre o caso

Paulo Antônio fez as declarações no último domingo (13), durante uma missa na Paróquia de Tapurah, no Mato Grosso, o padre iniciou seu discurso apontando o relacionamento dos jornalistas como “ridículo”.

“A gente faz um namoro não como a Globo apresentou essa semana. Dois viados. Desculpa, dois viados. Um repórter, um viadinho, chamado Pedrinho. ‘Prepara meu almoço que eu tô chegando, tô com saudade’”, ironizou ele. “Ridículo. Por favor, que esta não seja a sua cabecinha também, tá? Nem do seu filho, nem da sua filha”, declarou ele aos fiéis.

Pedro Figueiredo se manifestou na última quarta-feira (16) sobre os ataques homofóbicos por parte do padre. Sem mencionar o padre por nome, ele mandou uma mensagem sensível aos religiosos que não respeitam sua união e também agradeceu o apoio dos internautas.

“Agora, um ano depois, voltou a viralizar. Dessa vez acompanhada por mensagens de ódio. Temos um profundo respeito por todas as religiões. Acreditamos no afeto e em seu poder de transformação. A Oração de São Francisco diz: “Onde houver ódio, que eu leve o amor”. É assim que vamos seguir em frente. Obrigado a todas as mensagens de carinho que temos recebido”, finalizou.

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