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Lideranças criticam ação da polícia contra indígenas na FUNAI

As lideranças tentavam uma reunião com o presidente da Funai, Marcelo Xavier. No fim da tarde, correu a informação de que Xavier conversaria com cinco lideranças femininas
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Lideranças criticam ação da polícia contra indígenas na FUNAI
Lideranças criticam ação da polícia contra indígenas na FUNAI

Lideranças reagiram aos ataques sofridos pelos grupos indígenas que protestavam em frente ao prédio da Funai em Brasília, nesta quarta-feira 16. Os indígenas que foram atacados com bombas de efeito moral e gás de pimenta vindos da Polícia Militar do Distrito Federal, tentavam uma reunião com Marcelo Xavier, presidente da fundação.

Vídeos publicados nas redes mostram cenas de correria e dispersão dos grupos, que chegaram à Brasília a fim de pressionar a derrubada de projetos de lei que ameaçam mudar regras relativas à demarcação de terras indígenas. As reinvindicações também exigem a expulsão de garimpeiros e invasores de territórios indígenas. O movimento foi nomeado de Levante pela Terra.

“Bomba aqui em frente à Funai. Olha como Funai recebe os indígenas”, exclama Sônia Guajajara, presidente da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil, a Apib.

Confira vídeo:

A PM-DF confirmou que as bombas partiram dos agentes da corporação. “Às 15h15min, cerca de 150 indígenas deslocaram a pé até a FUNAI. O trajeto ocorreu de forma pacífica, no entanto, após chegarem em frente ao Brasil 21, os índios partiram em confronto contra a linha de contenção, inclusive, atirando flechas contra os policiais, sendo necessário o uso de gás para retomada do terreno”, diz a nota enviada à reportagem.

As lideranças tentavam uma reunião com o presidente da Funai, Marcelo Xavier. No fim da tarde, correu a informação de que Xavier conversaria com cinco lideranças femininas. A pauta unificada dos diferentes povos presentes é que Xavier deixe o cargo.

“Nós deixamos nossos filhos, viajamos três dias para falar com o presidente da Funai, e nos recebem com bomba, com gás de pimenta. E nós não somos protegidos nem com o direito de viver no território”, lamentou Alessandra Korap Munduruku em frente à Funai. “A gente não tem direito de viver no território, mas ele tem o direito de expulsar a gente?”

A ativista índígena, Priscila Tapajoara, chegou a bater boca com um dos agentes de segurança. “A gente tá aqui garantindo a nossa vida e sua também”.

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