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Livre, Cunha retorna às redes sociais com popularidade em alta após virar meme na prisão

Apesar da condenação a 14 anos e seis meses de prisão por corrupção passiva em crimes envolvendo a Petrobras, Cunha está em alta na internet: virou “meme” enquanto foi privado de liberdade
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O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (MDB-RJ), retomou neste domingo (9) sua participação em redes sociais, suspensa desde outubro de 2016, quando foi preso pela Polícia Federal (PF) no âmbito da Operação Lava-Jato. O retorno ao Twitter acontece após o Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF-1) revogar, na quinta-feira, a última ordem de prisão que mantinha o ex-parlamentar detido em regime domiciliar. Apesar da condenação a 14 anos e seis meses de prisão por corrupção passiva em crimes envolvendo a Petrobras, Cunha está em alta na internet: virou “meme” enquanto foi privado de liberdade. Apesar da popularidade, ele afirmou hoje que não pretende se envolver “em nenhum processo político” do país.

Com 299,3 mil seguidores no Twitter, Cunha fez mais de 19 mil publicações desde que criou sua conta, em outubro de 2010. Nos seis anos de publicações diárias, até a prisão em 2016, emitiu frases que passaram a ser utilizadas em diferentes contextos por usuários da plataforma. A brincadeira utilizou postagens antigas e genéricas do político em referência a fatos novos, fazendo com que os comentários dele voltassem a fazer sentido dependendo do tema em discussão atualmente na rede — muitas vezes relacionado à política. Conhecido por ser um ótimo estrategista no Congresso, Cunha passou a ser visto como um “oráculo” informal da web.

Descubra: A reação de Cunha ao saber da brincadeira que o transformou no ‘oráculo’ do Twitter

A primeira publicação do ex-deputado após a soltura angariou mais de 21 mil curtidas e 6 mil compartilhamentos no Twitter, na manhã deste domingo, com apenas quatro palavras: “Bom dia a todos”. Em seguida, o tuíte em que Cunha comunica o retorno à plataforma somou mais de 6 mil “likes” e 3 mil republicações. O número de seguidores também subiu enquanto as mensagens circulavam.

Estou retornando a usar as mÃdias sociais e quero agradecer todas as manifestações de carinho recebidas dos muitos amigos e daqueles que torcem por mim

— Eduardo Cunha (@DepEduardoCunha) May 9, 2021
Enquanto Cunha estave preso, a filha, Danielle, utilizou a conta dele Twitter pontualmente para se manifestar diante da base de seguidores do pai. No episódio mais recente, entre março e abril, ela divulgou o lançamento do livro “Tchau, Querida — O Diário do Impeachment”, no qual Cunha detalha os bastidores do processo que removeu Dilma Rousseff (PT) da Presidência, em 2016, sob seu comando.

Detalhes: Cunha diz em livro que Temer trabalhou arduamente pelo impeachment de Dilma

Distância do MDB

Em outra leva de publicações, durante a tarde, Cunha refutou informações sobre uma eventual tentativa de recuperar sua atuação política. O ex-deputado buscou se desvencilhar do partido no qual ascendeu politicamente, o MDB, e afirmou publicamente que não se candidatará ou tentará interferir em processos políticos, como a indicação de ministros para o Supremo Tribunal Federal (STF), contrariando o que um interlocutor seu havia afirmado ao portal “O Antagonista”.

Após decisão sobre Cunha: Relembre quem segue preso e quem foi solto em sete anos de Lava-Jato

“Não tenho condição e muito menos vontade de conduzir qualquer articulação com o MDB da Câmara. Na linha do que a minha filha Danielle já postou, eu não sou candidato a nada e ela não pretende ser candidata pelo MDB. Também não tenho condição e nem pretendo me meter em nenhum processo político, seja para governabilidade, seja para influenciar em indicação ao STF. Também não tenho e nem pretendo ter qualquer influência em outro partido politico. (…) O que acontece é que muitas fake news são espalhadas, inclusive em meu nome.”

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