O ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva voltou a elogiar o governo da chinês no combate à pandemia, omitindo qualquer crítica aos crimes da China durante o início do surto em Wuhan. Em entrevista ao site chinês Guancha, o petista afirmou que “a China só conseguiu combater o coronavírus porque tem um estado forte, com voz de comando”.
“Acho que a China é um exemplo de movimento para o mundo. Espero que outros países aprendam a lição com a China para que a gente possa ser mais forte, com mais distribuição de riqueza”, afirmou.
Em outra entrevista ao mesmo site, ele já havia atribuído a resposta da China à crise sanitária ao “partido político forte” e “poder de comando” do governo.
“A China é a maior economia do mundo, e ela tem que ser vista assim”, disse o ex-presidente, que criticou a interferência dos Estados Unidos na política externa de países do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e defendeu a reaproximação do grupo.
“Se for necessário fazer parceria com a China nós temos que fazer parceria com a China, se for com a Rússia tem que ser com a Rússia, e os EUA não podem ter ingerência nas relações”, afirmou Lula.
Governo chinês literalmente trancou e matou as pessoas de fome dentro das casa durante início do surto
No início do surto em Wuhan, as autoridades chinesas foram acusadas de deixar as pessoas ‘morrerem de fome’ depois que vídeos chocantes mostravam policiais barricando famílias em suas casas para impedir a disseminação do coronavírus.
Imagens enviadas ao Metro.co.uk mostram homens mascarados pregando enormes barras de metal nas portas e janelas de pessoas que temeram estar infectadas com a doença mortal.
Em um deles, uma mulher pode ser ouvida gritando e implorando enquanto policiais uniformizados a trancavam dentro de casa.
Uma placa do lado de fora de sua porta selada diz: ‘Esta família voltou de Wuhan. Fique longe, sem contato’.
Um ativista de direitos humanos que reside na Índia, que quis ser citado pela reportagem apenas como Tarun, disse que as pessoas começaram a fechar estradas que levavam a Wuhan e Hubei para impedir que as pessoas deixassem suas casas.
Ele acusou o governo de deixar as pessoas “passarem fome e morrerem” e comparou os bloqueios a “assassinato a sangue frio”.
Em entrevista de fevereiro de 2020, Tarun disse ao Metro.co.uk: ‘tanto o público quanto as autoridades estão trancando pessoas infectadas dentro de suas casas, para que não possam vir a público, já que o público não quer que essas pessoas o façam entrar em contato com eles’.
Ele disse que tinha amigos em toda a China que estavam em pânico enquanto as coisas iam de “mal a pior”.
No entanto, eles são incapazes de expressar sua luta para o resto do mundo porque a mídia social é muito regulamentada. O governo chinês tentou silenciar as informações sobre a epidemia em uma tentativa de minimizá-la, o que pode ser constatado com a morte do médico Li Wenliang.
Com informações via Poder360 | Metro.co
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