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Lula volta a criticar Banco Central e dólar sobe; veja quanto

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem comentado diariamente à imprensa sobre a política de juros altos do BC
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(Foto: Valter Campanato / Agência Brasil)

Brasil – Em mais um dia de intensa volatilidade no mercado, nesta terça-feira (2), o dólar ultrapassou a marca dos R$ 5,70, perdeu força, mas encerrou em alta de 0,2%, cotado a R$ 5,664. Economistas apontam que a “rixa pública” entre os presidentes da República e do Banco Central (BC), juntamente com a política fiscal e o cenário internacional, impulsiona a flutuação da moeda.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem comentado diariamente à imprensa sobre a política de juros altos do BC e indicado uma possível substituição do presidente da instituição, cujo mandato termina em janeiro de 2025. Além disso, Lula afirmou que há um “jogo especulativo” contra o Real, o que, segundo economistas, gera incertezas.

“O mercado não gosta de incertezas. Quando elas existem, ocorre volatilidade”, explicou Rodrigo Moliterno, chefe de Renda Variável da Veedha Investimentos. “É muito claro que esse movimento especulativo está ligado às questões políticas, pois os fundamentos macroeconômicos brasileiros estão relativamente bons”, completou.

Para o economista, Lula “joga para a plateia”, ao contrário do que tenta fazer o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que tem insistido na austeridade fiscal. “Haddad tem uma atuação bem vista pelo mercado, mas o presidente tem falado demais. Para acalmar o mercado, Lula precisa parar de falar e o ministro deve mostrar mais ações para equilibrar as contas públicas”, disse Moliterno.

Cristiane Quartaroli, economista-chefe do Ouribank, defende que o governo seja mais assertivo ao tratar das contas públicas. “Temos 90% de despesas obrigatórias, então a margem de manobra é pequena. Qualquer imprevisto, como a ajuda ao Rio Grande do Sul, complica as contas públicas, que acabam no vermelho”, disse.

Isso leva o BC a manter a política de juros altos, segundo a especialista, pois acredita-se que o déficit fiscal influencia a inflação. “E assim continua a disputa entre Lula, que deseja juros mais baixos, e o BC, que interrompeu o ciclo de queda”, concluiu.

Externamente, a demora dos Estados Unidos em reduzir os juros, sinalizando que só deve fazê-lo no último trimestre do ano, gera incertezas. Os economistas também mencionam que as eleições nos Estados Unidos são um aspecto a considerar. Além disso, a ascensão da extrema direita na Europa, que tem obtido sucesso nas últimas eleições no continente, adiciona um grau de incerteza sobre as relações comerciais com os países em desenvolvimento.

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