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‘Macaca’: Professora sofre racismo de crianças da própria turma

Integrantes do grêmio estudantil também encontraram uma carteira com desenhos nazistas
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(Foto: Divulgação)

BRASIL – A professora Ana Koteban, de 41 anos, acionou a Polícia Civil com a informação de que teria sofrido racismo por meio da lista de presença dos alunos de uma escola municipal de São Paulo. “A parte onde escreveram ‘macaca’ era onde eu deveria colocar o meu nome”, disse a educadora.

O caso aconteceu na Escola Municipal de Ensino Fundamental e Médio Professor Linneu Prestes, em Santo Amaro, onde frequentam vários alunos entre 15 e 17 anos na aula de sociologia da professora Ana Koteban.

“A pessoa escreveu macaca na lista de presença exatamente na coluna onde eu escreveria meu nome pretendia que eu visse. Demonstra uma ousadia e confiança na impunidade.”, disse a professora ao registrar um Boletim de Ocorrência por Injúria Racial na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi).

O crime de racismo se dá quando ocorre contra duas ou mais pessoas. A pena para quem for condenado por esse crime é de 1 ano a 3 anos de prisão, mas até o momento o suspeito não foi identificado.

“Desde que ocorreu isso eu tenho cobrado dos estudantes que se posicionem. Cobro da direção que se posicione. É inaceitável e criminoso tratar violência como brincadeira. É preciso dar a isso o peso que isso tem. Reconhecer a gravidade e desnaturalizar a violência”, disse a professora.

CASO DE NAZISMO:

Durante ato dentro da escola para orientar alunos e cobrar da direção que o racismo fosse debatido para deixar de existir dentro do meio acadêmico, integrantes do grêmio estudantil encontraram uma carteira com desenhos da suástica nazista e das letras SS.

Em uma carteira estudantil era possíver ver dois símbolos nazistas: desenhos de uma suástica e das letras “SS”, abreviação de Schutzstaffel, o “esquadrão de proteção” (numa tradução para o português) de Adolf Hitler e do Partido Nazista na Alemanha dos anos de 1930

“Eles encontraram essa carteira em sala de aula com esses desenhos nazistas. Levaram a carteira à direção e me informaram disso. Essa carteira estava numa sala de aula em que eu dou aula porque dou aula em todas as salas.”, disse a professora.

Por meio de nota, a Secretaria Municipal da Educação (SME) de São Paulo informou que “repudia qualquer ato de discriminação e racismo”.

LEIA A NOTA NA ÍNTEGRA:

“A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal da Educação (SME), repudia qualquer ato de discriminação e racismo. Tão logo ficou sabendo do episódio, a Diretoria Regional de Ensino instaurou apuração interna, já em andamento, e está à disposição para colaborar com qualquer investigação oficial em curso.

O Núcleo de Apoio e Acompanhamento para a Aprendizagem (NAAPA), que conta com psicopedagogos e psicólogos, acompanha o caso e prestará todo o apoio necessário durante o processo.

EMEFM Professor Linneu Prestes promove ações constantes com a temática antirracista, como rodas de conversa, apresentação de vídeos para discussão e elaboração de textos e, ainda neste mês, há na programação um seminário, onde alunos e professores irão participar.

A SME possui o Núcleo de Educação para as Relações Étnico-Raciais (NEER), com base nos princípios de Equidade, Educação Inclusiva e Educação Integral, com o objetivo central de fomentar e promover práticas antirracistas, inclusivas e acolhedoras a todas e todos. Formar profissionais atentos às desigualdades e comprometidos para sua superação perpassa os fazeres deste núcleo.

Neste ano, a Prefeitura de São Paulo adquiriu 741.333 livros literários sobre a temática étnico-racial para compor os acervos das escolas municipais e serem distribuídos entre os estudantes por meio do programa Minha Biblioteca. A compra faz parte do programa “São Paulo Farol Antirracista”, realizado em parceria com a Secretaria Municipal de Relações Internacionais com intuito de promover ações de combate ao racismo.”

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