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Mãe e filha são presas por manter idoso em condições análogas à escravidão no AM

O idoso informou que não se recorda quando isso começou
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(Foto: Reprodução Portal Tucumã)

Manaus (AM) – Duas mulheres, sendo uma mãe e sua filha, de 54 e 24 anos, foram presas na terça-feira (18) por cometerem crimes contra um idoso de 63 anos e um homem de 57 anos, que estavam em situações de exploração semelhantes à escravidão, em uma propriedade rural situada no município de Presidente Figueiredo.

Segundo a delegada Andrea Nascimento, responsável pela Delegacia Especializada em Crimes contra a Pessoa Idosa (DECCI), a Operação Virtude é parte da Campanha ‘Junho Violeta’, que busca conscientizar sobre a violência contra idosos. As investigações tinham como objetivo apurar denúncias, incluindo a de um idoso em situação análoga à escravidão. As equipes foram ao local mencionado na denúncia e confirmaram os fatos.

De acordo com o relato do idoso, a mulher de 54 anos o forçava a realizar todas as tarefas do sítio e cuidar de mais de 150 animais, incluindo porcos, carneiros, perus, pavões, bovinos, coelhos, galinhas, cães, patos e animais silvestres, em uma jornada de trabalho exaustiva e sem remuneração. A vítima também informou que ela possuía uma residência em Manaus e frequentemente se deslocava esta casa.

Por meio de consultas nos Procedimentos Policiais Eletrônicos (PPE), as autoridades localizaram a mulher em Manaus. Ela foi levada à delegacia para prestar esclarecimentos junto com sua filha.

Durante os depoimentos, a equipe de investigação descobriu o empréstimo e a transferência bancária da conta do idoso para a conta da filha, totalizando R$ 16 mil em 28 de março deste ano. O uso desse valor está sendo investigado, uma vez que a mãe viajou para participar de um campeonato de jiu-jítsu na França logo após a transação.

O idoso informou que não se recorda quando isso começou, mas os documentos e comprovantes indicam que os fatos tiveram início em setembro de 2023, quando ele começou a receber o benefício do INSS, algo que até então ele desconhecia.

Um homem de 57 anos, outra vítima, estava desempregado quando, em dezembro de 2023, a autora lhe ofereceu um salário para trabalhar com ela. Desde então, ele passou a viver em condições análogas à escravidão, sem receber salário, pois a autora sempre alegava alguma dívida da vítima.

Ele afirmou que teve que pagar R$ 5 mil por um pavão que fugiu. As vítimas dormiam em condições inadequadas, compartilhando o espaço com os animais, e estavam visivelmente debilitadas, com mãos e pés machucados e calejados pelo trabalho pesado diário.

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