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Manaus, a ‘Mãe dos deuses’ completa 353 anos

Manaus foi fundada no século XVII, em 1669 com a implantação do Forte da Barra de São José na margem esquerda do Rio Negro
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Manaus comemora 353 anos (Foto: João Onety/Portal Tucumã)

Manaus (AM) – “Mãe dos deuses” esse é significado do nome da maior cidade da região Norte do país. Seriam os povos indígenas da tribo dos Manaós, profetas?. Três séculos e meio após sua fundação, a capital amazonense, que completa 353 anos nesta segunda-feira (24), sem dúvida, é forte e traz o poder dos deuses na força do seu povo que é hospitaleiro, alegre e resiliente. E toda essa resiliência pode ser facilmente comprovada através da história.

Manaus foi fundada no século XVII, em 1669 com a implantação do Forte da Barra de São José na margem esquerda do Rio Negro. Naquela época, os portugueses queriam proteger esse território das invasões de outros povos europeus, como franceses e holandeses, uma prática que foi comum em várias cidades brasileiras para garantir a posse das terras.

Já no século XIX, em 1848, o pequeno povoado da Barra de São José foi elevado à cidade da Barra de São José do Rio Negro, popularmente conhecida como cidade da Barra. Oito anos depois, em 1856, a nomenclatura foi alterada para cidade de Manaus, nome que lembra os nativos Manaós, povos indígenas que habitavam a região antes da chegada dos europeus.

Mudança de nome, ritmo de crescimento e o boom da borracha

Desde então, a cidade foi ganhando corpo e foi crescendo. No final do século XIX, Manaus viveu um dos momentos mais emblemáticos de sua história, o boom do látex, o líquido que sai da seringueira e que naquele momento era simplesmente uma grande novidade no mercado nacional e internacional, já que seu beneficiamento servia para a produção de pneus. As exportações começaram a ganhar o mundo e o látex amazonense passou a ser comercializado nos Estados Unidos e na Europa para a produção dos itens fundamentais para a ampliação da indústria automobilística.

A força das exportações trouxe a migração e o crescimento populacional da cidade, sem falar nos benefícios diretos para a economia e desenvolvimento social de Manaus. A capital foi uma das primeiras do Brasil a ter o famoso bondinho, além de luz elétrica e um centro histórico que teve boa parte de sua arquitetura baseada em grandes cidades europeias, todo o destaque vai para o monumento em alusão à abertura dos portos, o Largo de São Sebastião e é claro, o Teatro Amazonas, o orgulho local.

(Foto: João Onety/ Portal Tucumã)

O Teatro Amazonas era a Casa de Ópera da burguesia local, um grande ‘’elefante branco’’ da época, se hoje já se destaca, imagina na época em que estava literalmente no meio de uma grande extensão de mato e de poucas casas que surgiam pouco a pouco.

O Teatro, que começou a ser construído em 1886 e só foi concluído dez anos depois, era o símbolo da ostentação e da imponência dos barões da borracha, que não tinham onde gastar o dinheiro na Manaus daquela época a não ser quando mandavam buscar itens importados ou quando iam aos famosos bailes do teatro.

Os grandes empresários que exploravam o beneficiamento do látex se tornaram grandes magnatas, até que com o contrabando da semente da seringueira para a Ásia, o preço da borracha na região passou a cair e com isso Manaus passou a sentir um gosto amargo desse declínio, que refletiu diretamente na economia.

Um novo boom, a Zona Franca de Manaus e o crescimento da cidade

Em 1967, Manaus ganhou uma Zona Franca, um Polo industrial que atualmente é um dos maiores da América Latina. O PIM passou a dar um novo fôlego para cidade com a chegada de um grande número de empresas nacionais e estrangeiras, que por conta do sistema tributário diferenciado, passaram a ter na capital amazonense um local de produção industrial longe dos grandes centros do país. A economia manauara voltou a ganhar força e destaque nacionalmente, toda essa gloria trouxe a migração e muitos empregos, algo que consagrou a capital como uma das maiores cidades do Brasil.

Neste ano o governo federal chegou a reduzir por várias vezes as alíquotas do Imposto sobre Produtos industrializados (IPI), fato que prejudicou em cheio a competitividade do modelo econômico, mas foi revertido após indas e vindas judiciais e intervenções da bancada amazonense em Brasília.

Redução dos índices de Covid 19, volta do Boi Manaus

Manaus viveu momentos de terror em 2020 e começo de 2021 com o aumento de casos de Covid-19. A doença deixou Manaus nos holofotes mundiais como um dos lugares mais letais para se estar infectado com coronavírus. No ano passado, a cidade avançou na vacinação e em 2022 volta a ter uma certa tranquilidade, que já pode ser observada com a movimentação das pessoas nas ruas e até mesmo no comércio.

Grandes eventos como o Festival de ópera, show musicais na Arena da Amazônia e até mesmo festas menores, mas muito tradicionais, como o Arraial do CSU, voltaram à cena. O tradicional Boi Manaus, a festa fora de época de um dos maiores símbolos da cultura popular amazonense, também está de volta em 2022 após esse jejum imposto pela pandemia e o retorno acontece justamente quando a festa completa 25 anos.

(Foto Antonio Pereira/ Semcom)

A prefeitura de Manaus preparou uma programação histórica. Foram mais de 20 horas de shows, com 47 atrações distribuídas em 24 trios elétricos durante os três dias de programação, na última sexta (21), sábado (22) e domingo (23) no Centro de Convenções de Manaus, o sambódromo.

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