Kaio Wellington Cardoso dos Santso, ou como é mais conhecido, “Mano Kaio”, é apontado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro como o mandante dos ataques que aterrorizaram o estado no Amazonas entre os dias 6 e 8 deste mês.
Nesta sexta-feira (18), uma operação entre as Polícia Civis do Rio de Janeiro, Pará e Amazonas foi deflagrada com o objetivo de prender os chefes do tráfico da facção criminiosa Comando Vermelho (CV). Eles seriam os mandantes dos ataques criminosos que resultaram em diversos ônibus queimados, além de ambulancia, prédios públicos, inlcusive duas delegacias de Manaus.
Marcelo Silva, apontado como um dos chefes do tráfico do Comando Vermelho no Amazonas, foi preso no Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio, durante a ação. Segundo a polícia, Mano Kaio, que seria o mandante dos ataques, também está escondido na comunidade. Além do Rio, a operação acontece em São Paulo e também no Amazonas.
Os investigados são suspeitos de enviar mais de R$ 126 milhões para fortalecer facção criminosa no Amazonas e comprar armas e drogas. Durante a investigação, a polícia ainda identificou que a estrutura de lavagem de dinheiro também favorecia criminosos da facção paulista Primeiro Comando da Capital (PCC).
Comando Vermelho do Amazonas
As investigações da Polícia Civil do Rio de Janeiro identificaram uma forte ligação entre o grupo criminoso do estado e seu braço no Amazonas, autointitulado “Comando Vermelho do Amazonas” (CVAM).
Os membros dos grupos criminosos se valiam do sistema bancário e de empresas de fachada para a remessa de valores do Rio de Janeiro para o Amazonas, conforme a investigação. Em um ano e meio os valores arrecadados pela quadrilha teria superado R$ 126 milhões, segundo a Polícia Civil do Rio.
A quantia era usada para o fortalecimento da facção no Estado do Amazonas, para a aquisição de armas e drogas para o grupo criminoso do Rio de Janeiro. A pedido dos investigadores, a Justiça determinou o sequestro de bens e o bloqueio de R$ 126.984.934,67 em contas bancárias dos suspeitos e de empresas supostamente envolvidas com as facções.
Via: G1 Rio de Janeiro