O ex-governador José Melo concedeu uma entrevista na manhã dessa segunda-feira (8) ao programa Manhã de Notícias. Melo conversou sobre carreira política, religião e até comentou que chegou a pensar em cometer suicídio.
Religião e suicídio
De acordo com Melo, o pior momento de sua vida foi quando teve seu mandato cassado em 2016 e quando foi preso pela Polícia Federal, em 2017.
“Quando saí da prisão fui ao Banco do Brasil abrir uma conta. Uma pessoa passou e me chamou de ladrão. Eu voltei pra casa e não conseguia dormir. Fui para o escritório e escrevi uma carta de 110 páginas. Hoje sei que Deus existe e o diabo também. Ali eu contava toda a história da minha vida com todos os políticos que eu convivi. Seria uma herança maldita para meus filhos e para mim, porque eu ia pro inferno, eu ia me matar. Mas eu ia deixar um estrago muito grande”, contou.
Em seguida, o apresentador do programa questionou Melo se ele teria coragem de tirar a própria vida, de maneira firme o ex-governador afirmou que sim, mas que voltou atrás após receber uma notícia.
“Às 11h da manhã a Edilene (esposa) me acorda e diz que a irmã dela havia tido uma filha e que os pontos estavam abertos. A criança precisou vir aqui para casa. Eu coloquei a carta na gaveta e me apeguei à menina. Depois de 30 dias eu rasguei esse documento. Eu fui salvo por esta criança”, desabafou Melo.
Pretensões políticas
Há um ano das eleições de 2022, Melo não fugiu das perguntas e afirmou que tem interesse em participar do pleito eleitoral. Como esperado, Melo deverá concorrer a uma vaga na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam).
“A mágoa e rancor das pessoas desapareceu quando a Helena apareceu na minha. É o nome da criança. Quando eu era governador do Amazonas eu tinha o sonho de dar uma segunda matriz econômica ao estado. Cheguei a reunir cientistas para elaborar este planejamento para dar equilíbrio à economia do Amazonas, que tem a Zona Franca em Manaus, mas esquece do interior. Este é meu objetivo”, disse.
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