Brasil – Nesta segunda-feira (15), a Polícia Federal informou que identificou uma suspeita de depósitos em dinheiro vivo na conta da ex-primeira dama, Michelle Bolsonaro (PL), realizados pelo ex-ajudante de ordens Mauro Cid.
A corporação suspeita que uma assessora de Michelle também esteja envolvida nas transações, que teriam sido supostamente feitas com desvios de recursos e “rachadinhas” no Palácio do Planalto durante o governo do marido e ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A defesa de Bolsonaro e Michelle negou as irregularidades na conta bancária, e afirmou em nota que o casal tem “absoluta convicção que todos os pagamentos referentes ao dia a dia da família eram feitos com recursos próprios”.
Em um diálogo entre Mauro Cid, preso no dia 3 de maio em uma operação sobre fraudes em certificados de vacinação contra a Covid-19, e Giselle dos Santos Carneiro da Silva, assessora da então primeira-dama, é revelado que um depósito irregular estaria sendo realizado.
“Se ela (Michelle) perguntar pra você ou falar alguma coisa ou comentar, é importante ressaltar com ela que é o comprovante que ela tem. É um comprovante de depósito, é comprovante de pagamento. Não é um comprovante dela pagando nem do presidente pagando. Entendeu? É um comprovante que alguém tá pagando. Tanto que a gente saca o dinheiro e dá pra ela pagar ou sei lá quem paga ali. Então, não tem como comprovar que esse dinheiro efetivamente sai da conta do presidente”, disse Mauro Cid, em 25 de novembro de 2020, a Giselle dos Santos Carneiro da Silva, assessora da então primeira-dama, de acordo com áudio obtido pela PF.
Os repasses para a ex-primeira-dama totalizaram R$ 8.600,00. Os depósitos eram feitos em valores pequenos, visando impedir o alerta aos órgãos de controle e a identificação de irregularidades, uma prática comum nos casos de rachadinha, segundo a investigação.
Por outro lado, outra transferência bancária, no valor de R$ 5.000,00 foi realizada em junho de 2021 diretamente da conta de Mauro Cid para a conta de Michelle.
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